Pelo segundo ano consecutivo, o mercado de trabalho norte-americano é ocupado majoritariamente por mulheres. A parcela, em crescimento acelerado desde 2018, inclui trabalhos formais e informais e o número de mulheres ultrapassa o de homens.
A professora de políticas públicas da Universidade de Michigan, Betsey Stevenson, disse ao Wall Street Journal que desde que mais mulheres puderam ter acesso à educação superior, o mercado de trabalho sentiu a diferença.
Principais fatores
A especialista cita ainda outra diferença que os setores nos quais as mulheres estão em maioria são justamente as áreas em crescimento e os tradicionalmente masculinos – construção, transporte, mineradoras e fábricas – estão mais lentos.
De acordo com a professora, a tecnologia ajudou a mudar o cenário e quebrar tabus. Mulheres que tinham se afastado do mercado de trabalho para cuidar da família estão conseguindo trabalhos com a mudança de política de muitas empresas, menores e mais flexíveis.
Com a multiplicação de apps, por exemplo, áreas que eram dominadas por homens, como táxi, hoje conta uma grande parcela feminina na direção.
No Brasil, segundo dados do IBGE, embora a diferença venha diminuindo nos últimos 7 anos, o mercado de trabalho formal (carteira assinada) ainda é de maioria de homens, com as mulheres na faixa de 43,8%.
O que é lamentavelmente igual tanto nos Estados Unidos e Brasil é que, em geral, as mulheres ainda ganham menos que os homens em todos os setores.
*Com informações da revista Claudia.