A presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, anunciou uma força-tarefa, formada por integrantes de todas as regiões do país, para que o segmento analise e defina os temas que serão discutidos nos debates do Congresso Nacional do PSDB, que está marcado para o dia 12 de dezembro próximo. “É o PSDB-Mulher propondo uma pauta partidária”, ressaltou a tucana, lembrando que a regionalização é uma alternativa relevante para identificar os anseios e as necessidades.
Na reunião da Coordenação Executiva Nacional do PSDB-Mulher foi criado o grupo da força-tarefa formada por oito representantes regionais. Integram o grupo Lêda Tamêga (DF), Adriana Toledo (AL), Fátima Guimarães (SP), Edna Martins (SP), Tiana Azevedo (RJ), Iraê Lucena (PB), Luzia Coppi (SC) e Cecília Otto (AM).
Yeda Crusius destacou a necessidade de o PSDB-Mulher iniciar os preparativos para as eleições municipais do próximo ano. Segundo ela, será uma disputa acirrada e com uma série de peculiaridades.
Para a presidente nacional do PSDB-Mulher, em 2020 será uma “campanha totalmente diferente” e ressaltou que a obrigatoriedade do cumprimento dos 30% das vagas para as mulheres é fundamental para o fortalecimento das candidaturas femininas.
Formação
Anna Carolina, candidata à prefeitura de Itajaí (SC) e coordenadora do PSDB-Mulher no Sul, disse que é motivada pela formação de novas lideranças. A presidente estadual do PSDB-Mulher de Santa Catarina, Luzia Coppi Mathias, disse que serão realizados vários encontros este ano e no próximo.
Luzia Coppi disse que serão sete grandes encontros iniciais, depois mais 21, observando o estado em microrregiões. “Se tivermos de começar do zero, nós temos vontade e discurso para começar”, afirmou.
Tiana Azevedo, coordenadora do PSDB-Mulher no Sudeste, disse que lá são cinco vereadoras no Rio de Janeiro de um total de 50. Segundo ela, é preciso agilizar o processo de organização para as eleições do próximo ano. “Confesso que nunca desisti apesar das dificuldades todas que enfrentamos”, afirmou.
Cecília Otto, coordenadora do PSDB-Mulher no Norte, detalhou as dificuldades no Norte do país. Segundo ela, o segmento em Rondônia, Roraima e no Amapá precisa ser aperfeiçoado. “Não há medo de ser candidata”, disse a tucana sobre sua percepção nas conversas.
Benedita Alves, a Bibi, do PSDB-Mulher do Pará, relatou os problemas enfrentados no Pará. Ela mencionou a última reunião realizada, na semana passada, com lideranças femininas e no próximo dia 4, quando pré-candidatas de 20 municípios deverão participar.
Andréia Zemuner, coordenador do PSDB-Mulher no Centro-Oeste, fez um diagnóstico do segmento na região. Segundo ela, todas os estados estão organizados. Em outubro, ela irá ao Mato Grosso. Darlene Araújo, do PSDB-Mulher de Goiás, disse que terá uma reunião na sexta-feira (27) com novas lideranças.
Violência obstétrica
Durante a reunião, as representantes estaduais discutiram ainda sobre a chamada “violência obstétrica” que afeta as gestantes no processo do parto. A prática de procedimentos e condutas que desrespeitem e agridam a mulher na hora do gestação, parto, nascimento ou pós-parto.
De acordo com especialistas, considera- se violência obstétrica os atos agressivos tanto de forma psicológica quanto física. Para as integrantes do PSDB-Mulher, é preciso discutir medidas urgentes para evitar o agravamento da situação.
O assunto foi mencionado por causa da resolução 2.232/2019 do Conselho Federal de Medicina (CFM). A medida define, entre outros pontos, que quando manifestante por gestante, a recusa terapêutica também deve ser analisada na perspectiva binômio mãe e feto, podendo o ato de vontade da mãe caracterizar abuso de direito dela em relação ao feto.
Reuniões online
A presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, adiantou que daqui para frente serão intensificadas as reuniões abertas via online. Para ela, esta modalidade de reuniões, a transparência aumenta.