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Integrantes da Raps debatem os desafios da democracia no mundo conectado

Foto: Mundo conectado/Agência Brasil

O mundo hiperconectado e os desafios da  democracia nos novos tempos dominarão as discussões, na quarta-feira (4), durante debate promovido pela Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), grupo que propõe reflexões sobre temas como desenvolvimento sustentável, economia criativa e participação na política, e o Estado de S. Paulo.

As discussões ocorrerão no Senado. Os participantes querem debater a qualidade das decisões dos governantes diante de um ambiente virtual contaminado com notícias falsas e discursos polarizados; o direito à privacidade; a proteção de dados e também o uso da inteligência artificial.

Em entrevista ao Estadão, a diretora executiva da Raps, Mônica Sodré, doutora em Relações Internacionais pela USP e mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), ressaltou a importância de se entender o novo cenário, sobretudo a partir do impacto da tecnologia, que tem sido decisiva em eleições majoritárias em vários países – e no Brasil.

Foto Agência Brasil

Segundo Mônica Sodré, o debate sobre participação popular, representação e partidos políticos ganha ainda mais relevância no Brasil, uma vez que fatores como a desigualdade social representam obstáculos para a expansão da tecnologia.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), considerando dados compilados em 2016, uma em cada três pessoas no País não tem acesso à internet.

História

Criada em 2012, a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade pretende selecionar, capacitar e dar apoio a lideranças políticas. Segundo a organização, cerca de 580 lideranças estão ligadas hoje ao grupo.

Os integrantes da Raps estão em 28 partidos políticos com distintas orientações ideológicas. Com mandatos eletivos, são 134, sendo seis senadores, 26 deputados federais, 26 deputados estaduais, dois distritais, 54 vereadores, dois governadores, 14 prefeitos e quatro vice-prefeitos.

Os membros são escolhidos por meio de um processo de seleção anual. De acordo com Mônica Sodré, há um incentivo ao diálogo, à visão de longo prazo e ao conhecimento científico para construção de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável do país.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Foto: Agência Brasil

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