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Ligue 180 recebe mais pedidos de informações do que denúncias

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

A Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, serviço nacional, tem sido mais do que um canal para recebimento de denúncias, mas um importante instrumento de informação e orientação.

Em audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara, a secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Brito, disse que boa parte do tempo gasto com o serviço é para pedir informações sobre como proceder em casos de violência.

O governo iniciou um novo procedimento na Central Ligue 180: enquanto é feito o atendimento, os fatos relatados são analisados e classificados, de acordo com diferentes graus de risco, como forma de orientar melhor a pessoa a se proteger.

Alerta

Eva Evangelista, desembargadora do estado do Acre, alertou sobre os impactos da subnotificação das denúncias.

“Violência doméstica é a violência silenciosa. A mulher vítima da violência doméstica e familiar, ela vive em silêncio. Eu digo que é a violência mais democrática que existe, porque ela está em todas as classes sociais.”

Eva Evangelista apresentou as ações de enfrentamento da violência no estado do Acre, como o acesso às delegacias pelas pessoas que vivem em comunidades remotas da Amazônia, e a vulnerabilidade das fronteiras.  “Temos que conjugar políticas públicas com educação das novas gerações.”

Participação

Além do Acre, participaram na audiência pública representantes do Rio de Janeiro e do Distrito Federal da Comissão de Segurança. O tema da violência doméstica e feminicídio é assunto em várias comissões da Câmara, inclusive em um colegiado especial.

*Com informações da Agência Câmara.

 

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