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Tucanos criticam cortes do MEC em instituições federais

Universidade de Brasília (UnB) /(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Deputados federais do PSDB demonstram preocupação com o anúncio de corte no orçamento das universidades e institutos federais feito pelo Ministério da Educação (MEC). Os parlamentares questionam a decisão e estão em diálogo com o governo para tentar reverter os cortes.

O presidente da Comissão de Educação, deputado Pedro Cunha Lima (PB) disse que não houve estudo para definir os cortes. Para ele, não há justificativa para a redução no orçamento.

“Sou obcecado pela primeira infância —pela creche, pela educação básica. Mas o dinheiro que falta no ensino básico não é o dinheiro que sobra na universidade. Essa tese de que falta na creche o dinheiro que existiria em excesso nas universidades é uma forma errada e simplista de abordar o problema. Não existe essa dicotomia entre ensino superior e educação básica. É preocupante ver o ministro sustentando uma tese como essa”, observou.

O anúncio de corte de 30% no orçamento das instituições ocorreu depois das reações críticas ao corte da verba de três universidades que tinham sido palco de manifestações públicas: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal Fluminense (UFF).

Reações

Ao visitar o Instituto Federal de Rondônia (IFRO), em Porto Velho (RO), a deputada Mariana Carvalho (RO), onde ouviu as preocupações dos alunos em relação à medida. Em nota, o IFRO informou que a medida atinge e limita o funcionamento das suas 11 Unidades e seus 143 Polos de EaD, com prejuízo à oferta de educação pública, gratuita e de qualidade. Diversas unidades, Brasil a fora se manifestaram no mesmo sentido.

“Não podemos deixar que esse corte afete os nossos estudantes. Fiz meu compromisso com eles e vamos cobrar uma revisão desse posicionamento. O ministro virá a Comissão de Educação e não terá como fugir desse assunto. Essa decisão foi unilateral e não condiz com a educação pela qual temos trabalhado”, ressaltou a parlamentar.

A deputada federal Shéridan de Oliveira (RR) afirmou que o governo não demonstrou critérios em relação aos cortes e ressalta que o contingenciamento de recursos vai afetar o funcionamento das instituições de ensino.

“Educação é e deve ser uma questão prioritária e não pode estar sob ameaça de falta de recursos ou atenção especial seja do governo que for. Vamos continuar lutando para impedir que medidas ultrajantes aconteçam em nosso país”, afirmou.

O deputado Paulo Abi-Ackel (MG) lembrou que não há progresso sem educação. Segundo ele, o Brasil ainda enfrenta uma crise econômica, mas isso não justifica cortar recursos na área da educação. “As universidades são os celeiros de intelectuais que podem projetar o Brasil no cenário internacional, ajudando também a enfrentarmos nossos problemas internos”.

Na avaliação de Daniel Trzeciak (RS), trata-se de uma triste notícia. “Com a educação não se brinca. Apoio um ensino superior de qualidade, porque é ele que injeta na economia o ânimo necessário para o desenvolvimento. Cuidar bem do nosso patrimônio intelectual é projetar um futuro qualificado, é gerar cidadania plena para a nossa população”, afirmou Trzeciak.

*Com informações do PSDB na Câmara.

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