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Solange Jurema aplaude decisão que aumenta cota de mulheres no Congresso para 50% na Argentina

A primeira ministra da Secretaria Nacional da Mulher no governo de FHC e atual presidente de honra do PSDB-Mulher, Solange Jurema (AL), elogiou a iniciativa do governo da Argentina de publicar, na última sexta-feira (8), a regulamentação da lei de paridade de gênero para o Congresso, elevando de 30% para 50% a cota destinada às mulheres no parlamento. A novidade já passa a valer a partir da eleição legislativa deste ano, que ocorre junto disputa presidencial, em outubro.

“Eu acredito que essa decisão do governo argentino pode influenciar aqui no Brasil. Estamos ficando para trás. Não são países europeus não, nós estamos ficando para trás na questão de equidade é na América Latina. Não é possível que a gente não acorde para isso”, alertou.

A tucana lembrou que as pesquisas mostram que todos os países que melhoraram seus índices de participação das mulheres na política também melhoraram a questão social e todas as áreas como economia, saúde, educação. “Isso demonstra um amadurecimento do país, da democracia deste pais”, acrescentou.

O decreto publicado pelo presidente Mauricio Macri, que tem se mostrado um defensor da medida, possui desde o início do governo várias mulheres em postos-chave da cúpula do governo, como a vice-presidente, Gabriela Michetti; a ministra de Saúde e Desenvolvimento Social, Carolina Stanley; e a ministra de Segurança, Patricia Bullrich. A norma também inclui pessoas que mudaram de sexo.

Retrocesso

Solange Jurema destacou que é preciso evitar o retrocesso e impedir medidas que diminuam os direitos já conquistados pelas mulheres. “Não podemos retroagir. Vimos recentemente um senador tentando revogar a cota de 30% de candidaturas de mulheres. Isso não pode acontecer”, disse a tucana se referindo ao senador Angelo Coronel (PSD), da Bahia.

Países com maior proporção de mulheres no Parlamento

1º Ruanda, 56%

2º Cuba, 53%

3º Bolívia, 52%

4º México, 48%

5º Suécia, 47%

6º Costa Rica, 46%

7º Nicarágua, 45%

8º África do Sul, 42%

9º Senegal, 42%

10º Finlândia, 41%

 

16º Argentina, 39%

 

139º Brasil, 15%

 

Fonte: Inter-Parliamentary Union

 

*Reportagem Tainã Gomes de Matos, com informações do El País.

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