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Proposta para Previdência pretende igualar idade mínima de 65 anos para homens e mulheres

Foto: Agência Brasil

A proposta de igualar a idade mínima de homens e mulheres para 65 anos na reforma da Previdência é um dostemas mais polêmicos do projeto que será apresentado em breve ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). O texto já passou pelo crivo da área jurídica do governo e, segundo especialistas, é robusto e faz uma ampla mudança nas regras atuais para garantir uma economia de até R$ 1,3 trilhão em 10 anos nas despesas públicas, como prometeu o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O secretário especial de Previdência Social, Rogério Marinho, confirmou que a minuta é realmente do governo, mas afirmou que há outras simulações sendo feitas pelos técnicos. “São várias propostas. A minuta que chegou ao conhecimento da imprensa é apenas mais um entre os textos analisados”, afirmou Marinho em um pronunciamento à imprensa.

A presidente do PSDB-Mulher, Yeda Crusius (RS), também preferiu não se pronunciar sobre a minuta divulgada e prefere aguardar o projeto final para expor a sua opinião. No entanto, a tucana alertou sobre a urgência na reforma para evitar colapso da economia e recomendou cautela sobre deliberações que irão refletir na vida dos cidadãos futuramente. “ As decisões sobre a Previdência vão impactar a vida das pessoas daqui a 30 anos. Não sabemos como será o país lá na frente, por isso é preciso muita atenção e cuidado ao se aprovar qualquer coisa”, disse.

O texto, antecipado pelo Estadão nesta segunda-feira (4), foi bem recebido pelo mercado financeiro, que classificou a proposta de “hardcore”, ou seja, dura e comprometida com o ajuste das contas públicas. Após a divulgação dos detalhes da proposta, a Bolsa bateu novo recorde e alcançou 98.588 mil pontos.

Segundo o jornal, a proposta de igualar a idade mínima de homens e mulheres para a aposentadoria causou polêmica e já provocou reação de integrantes do governo e parlamentares que vão votar o projeto. Parlamentares acreditam que o governo quer ter margem de negociação com o Congresso e, por isso, estabeleceu um limite alto de idade. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ver com preocupação a questão, principalmente para as trabalhadoras rurais.

Reportagem Tainã Gomes de Matos com informações do Estadão 

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