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EUA ordenam exames médicos para crianças imigrantes detidas após mais uma morte

Após a morte da segunda criança guatemalteca nesta semana nos Estados Unidos, depois de ter sido detida por atravessar de maneira irregular a fronteira com o México, as autoridades de migração do país começaram a fazer exames médicos em todos os menores de idade imigrantes sob custódia.

Um menino guatemalteco de oito anos, identificado como Felipe Gómez Alonzo, morreu em um hospital do estado do Novo México por causas ainda desconhecidas, na noite de 24 de dezembro. Ele estava sob custódia da polícia de fronteira há mais de uma semana. No dia 23 de dezembro, a criança e o seu pai chegaram a Alamogordo, a 145 quilômetros de El Paso, e no dia seguinte o menor foi hospitalizado porque tossia e tinha os “olhos brilhantes”.

Pelas leis do governo os imigrantes não devem ser detidos durante mais de 72 horas nas instalações do Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, em inglês), que costumam ser destinadas a uma estadia temporária e têm menos recursos que os centros de detenção gerenciados pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE). Informações divulgadas pelo CBP, dizem que Gómez Alonzo e o seu pai foram detidos em 18 de dezembro a cinco quilômetros de um ponto oficial de entrada ao país situado na ponte que liga a cidade texana de El Paso (EUA) e Ciudad Juárez (México).

Os dois ficaram detidos nesse centro do CBP por dois dias e depois foram transferidos às instalações da agência em El Paso, mas como esse edifício estava lotado, a criança e o pai acabaram sendo levados à cidade de Alamogordo, no Novo México. No hospital Gerald Champion Regional, em Alamogordo, a criança foi diagnosticada com um resfriado comum, mas depois detectaram febre a deixando em observação por mais 90 minutos. Após confirmaram a alta com uma receita médica para que tomasse ibuprofeno e amoxicilina.

Segundo reportagem do G1, a saúde do menino piorou: começou a sentir náuseas e vômitos e novamente os agentes de migração o levaram ao hospital Gerald Champion Regional. O menino foi declarado morto às 23h48, horário local (4h48 do dia 25, em Brasília) do dia 24, segundo detalhes da CBP, que inicialmente disse que o menor tinha morrido no Natal.

Felipe Gómez Alonzo é o segundo menor de idade a morrer em menos de um mês sob custódia das autoridades americanas. A também guatemalteca Jakelin Caal Maquín, de 7 anos, morreu no dia 8 de dezembro em um hospital infantil de El Paso, após ter cruzado ilegalmente a fronteira com o México juntamente com o pai.

De acordo com informações do Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, os exames médicos serão prioritários para as crianças menores de 10 anos.

*Com informações do Portal G1

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