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Anny Espinola aprova proposta de mudança nos cursos de pedagogia sugerido pelo MEC

Uma proposta de mudança nos cursos de pedagogia será encaminhada esta semana pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A proposta prevê que nos dois primeiros anos os estudantes recebam uma formação comum, com aulas sobre políticas públicas, didáticas e sobre a Base Nacional Comum Curricular. Após esse período, poderão escolher uma área para aprofundamento: educação infantil, alfabetização ou anos iniciais do ensino fundamental. O quarto ano será uma especialização, poderão escolher entre gestão escolar, educação profissional, didática do ensino superior e educação especial.

“A formação dos profissionais da pedagogia precisa de correções, na medida em que são muitos os problemas nesta área. Atualmente, é verificado que muitos profissionais que se formam estão despreparados para exercer suas atividades. Num momento em que a sociedade se propõe a discutir o papel da escola, do educador e da família, na formação das crianças, adolescentes e jovens, esta proposta se torna bastante oportuna”, defende Anny Espinola, vereadora, presidente do PSDB-Mulher de Ponta Porã, vice-presidente do PSDB-Mulher do Mato Grosso do Sul.

Na semana passada também foi apresentada pelo MEC a Base Nacional Comum da Formação de Professores da Educação Básica, que também será encaminhada ao CNE. Ela vai orientar a formação de professores em licenciaturas e cursos de pedagogia em todas as faculdades, universidades e instituições públicas e particulares de ensino do país. Os dois primeiros anos serão orientados pela base, dentro da proposta para a pedagogia.

Anny, especialista em Gestão Escolar pela UFMS e tem uma carreira extensa como professora, afirma que é preciso mudar também o comportamento em relação aos professores.

“É preciso despertar na sociedade o interesse em debater questões como o respeito aos professores, algo que se perdeu nos últimos anos, basta ver os registros feitos pela imprensa diariamente informando casos de agressões aos profissionais”, frisa.

Ela ainda ressalta que nenhuma proposta de mudança na formação profissional pode obter êxito se não vier acompanhada por políticas públicas de valorização dos professores.

“Também, deve haver, por parte dos órgãos públicos responsáveis pela educação, uma proposta real e factível de valorização do professor, passando necessariamente por uma política salarial que proporcione vida digna a este profissional indispensável para o desenvolvimento de qualquer nação civilizada.”

A proposta ainda deve ser discutida com as entidades representativas dos estados e municípios. A secretária de Educação Básica, Kátia Smole falou à Agência Brasil sobre a continuidade da discussão no próximo governo. “A equipe de transição está no MEC e estamos compartilhando com eles todas as políticas que estão em desenvolvimento e as que estamos deixando para discussão. Indicamos que entregamos a Base para a formação de professores ao CNE. A responsabilidade passa a ser do CNE”, diz.

As competências que devem ser aprendidas por todos os professores do Brasil, também são definidas pela Base Nacional Comum. O documento aponta quatro competências específicas que deverão ser desenvolvidas em cada uma das seguintes três dimensões: conhecimento profissional, prática profissional e engajamento profissional, além das dez competências gerais.

Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão, com informações da Agência Brasil

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