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MP fará força-tarefa para investigar centenas de acusações de assédio contra o médium João de Deus

O médium João de Deus está sendo acusado por várias mulheres de abuso sexual. Segundo o Ministério Público, uma força-tarefa deve ser feita em Abadiânia para ouvir todas que alegam terem sido vítimas dele. A promotora de São Paulo, Gabriela Manssur, disse que após  denúncias terem sido exibidas no programa da TV Globo, ‘Conversa Com Bial’, mais de 200 mulheres a procuraram com  relatos semelhantes.

De acordo com o MP, desde 2010 havia denúncias contra ele. Ele chegou a ser julgado em 2012 por abuso sexual, mas por falta de provas foi inocentado. Os abusos teriam ocorrido desde 1980 até outubro de 2017. Veja um dos relatos expostos em reportagem do portal G1: “Ele pegava nos meus seios. Sempre de costas pra ele. Beijava no meu pescoço e encostava o pênis dele no meu bumbum”, contou uma das vítimas que disse ainda que o médium se aproveitava das pessoas que estavam fragilizadas e doentes.

Segundo o promotor de Justiça de Goiás, Luciano Miranda Meireles, é importante que cada mulher que se sentiu abusada procure a instituição. “Embora os relatos sejam parecidos, não são o mesmo crime, nós temos o crime de estupro, crimes de abuso sexual mediante fraude, e crime de estupro de vulnerável, cada uma com a sua particularidade. Então a gente tem que analisar, a pessoa tem que dar o seu depoimento”, explicou.

O médium também é investigado pela Polícia Civil de Goiás por violência sexual. “O que é preciso é que, além das denúncias que foram feitas, dos boletins de ocorrências, que a vítima também colabore durante os depoimentos, seja em outro estado, seja vindo a Goiás”, ressaltou a delegada e assessora de imprensa da corporação, Marcela Orçai.

João Teixeira ou João de Deus, como é conhecido foi apadrinhado por Chico Xavier. Ele já recebeu visita de personalidades como a apresentadora americana Oprah Winfrey, além de outros seguidores famosos. De acordo com reportagem do jornal O Globo, antes de fundar a Casa Dom Inácio, em 1976, ele peregrinava pelo país fazendo cirurgias espirituais.

No começo do seu trabalho, ele foi alvo de denúncias de exercício ilegal da medicina e de sedução de uma menina menor de idade, mas acabou sendo absolvido por falta de provas. O religioso também já foi acusado de atentado ao pudor, contrabando de minério e assassinato, de acordo com a revista “Época”. Em nenhum dos casos foi julgado culpado.

Mesmo com várias denúncias, vindo até de funcionárias, João de Deus nega as acusações. Segundo seu advogado, Alberto Toron, ele está à disposição da Justiça para esclarecimentos. João de Deus tem 11 filhos, cada um de uma mulher diferente. O médium rejeita o rótulo de ser um homem especial ou santo.

*Com informações do Portal G1

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