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Jovem abre barbearia formada só por profissionais mulheres

Foto: EBC

Em Belo Horizonte, a barbeira Fran Dias, de 30 anos, luta para poder exercer seu trabalho sem olhares estranhos e preconceituosos. Na sua barbearia de dois anos de existência ela comanda uma equipe formada somente por mulheres e conta que grande parte dos seus clientes, que hoje são fiéis, só chegaram lá por curiosidade.

“Meu sonho é que a gente não precise mais estranhar em uma mulher sendo um barbeiro ou uma mulher sendo qualquer outra coisa. Que ela tenha liberdade em ser o que ela quiser sem ser questionada, sem ser subestimada”, disse ela a reportagem do G1.

Ela descreve que o interesse pela profissão surgiu como brincadeira na infância. Com dez anos ela ganhou uma tesoura de presente da tia, depois de muito observar o tio cortar o cabelo dos meninos da família.

“Ele falou: ‘você sabe cortar cabelo?’. Eu prontifiquei, dizendo que ‘sei, sim. Eu sei cortar cabelo, claro que sei cortar cabelo”. Passou sete anos fazendo isso até se deparar com as barreiras da predefinição de profissões por sexo. “Naquela época, as profissões eram muito definidas por sexo. Então, eu não poderia ser barbeira. A minha opção era ser cabeleireira. Mas ser cabeleireira, eu já tinha certeza que eu não queria”, conta.

Após trabalhar como técnica em Segurança do Trabalho e se encontrar num quadro de depressão, o desejo de se assumir como barbeira veio à tona. E uma ideia inovadora surgiu: a de criar uma barbearia formada só por mulheres.

“É a melhor experiência que eu já tive para cortar cabelo até hoje, com certeza. Desde o início, ela me surpreende com o melhor que pode,” disse o advogado Thiago de Castro que nunca antes havia cortado cabelo com uma mulher.

“Não é gênero que define a competência, qualquer pessoa, independente do sexo, independente se é homem, se é mulher, pode elaborar um bom serviço entregar um bom trabalho, desde que ele dedique a esse trabalho, desde que ele seja competente naquilo que faz, desde que ele se especialize e desde que a pessoa tenha amor pelo que faz”, disse Fran que agora enxerga o seu trabalho como uma missão em fazer não existir mais tantas barreiras e preconceitos.

*Com informações do Portal G1

 

 

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