O instituto Alziras divulgou uma pesquisa nesta terça-feira (13) que mostrou que das 649 prefeitas do Brasil, 55% tem pelo menos 40% do seu secretariado formado por mulheres. A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), faz parte desse universo, 40% do seu secretariado é formado por mulheres.
A Secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do município pernambucano, Perpétua Dantas, falou do sentimento por ocupar fazer parte da gestão de Raquel Lyra.
“Me sinto honrada e com grande responsabilidade porque é um espaço de decisão que historicamente foi ocupado por homens. Muito trabalho nas secretarias foi desenvolvido por mulheres, mas elas estavam sempre em segundo, terceiro escalão sem ter uma visibilidade. É de extrema importância e de uma responsabilidade muito grande, meu desejo é que mais secretarias sejam ocupadas por mulheres”, observou.
Apesar desses números, a quantidade de prefeitas no país ainda é baixo: elas estão à frente de 11,7% dos municípios. A pesquisa mostra também que 70% delas já haviam ocupado outros cargos de confiança na administração pública. As mulheres também são mais qualificadas, 71% das prefeitas tem curso superior, contra 50% dos homens que comandam prefeituras.
“Acredito que a qualificação é o principal, além da questão de gênero, nós temos que buscar a confiabilidade. Eu sou professora universitária venho de um mundo acadêmico e sei que a maioria dos nossos cargos ocupados por concurso público são por nossas alunas, juízas, promotoras”, ressaltou Perpétua.
A recém-eleita deputada federal e presidente do PSDB-Mulher do Acre, Mara Rocha, diz que esses números não são por acaso, são resultados do comprometimento das mulheres. “Esse dado mostra o compromisso e dedicação das mulheres. Acredito que esses espaços são ocupados não só pelo fato de ser mulher, mas pelo mérito, preparo e qualificação das mesmas”, afirmou.
O nome do instituto que realizou a pesquisa é uma homenagem a primeira mulher a ser prefeita no país,Alzira Soriano, que comandou o município de Lages, no Rio Grande do Norte, em 1928.
Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão