A presidente do PSDB-Mulher de Alagoas e coordenadora do segmento na Região Nordeste, Adriana Toledo (AL), repudiou a atitude do dono do SBT, Silvio Santos, durante a transmissão do Teleton no último sábado (10). Durante o programa, ele assediou a cantora Claudia Leitte e se negou a abraçá-la alegando que ficaria “excitado”.
“O Silvio Santos é o protótipo do homem que faz isso com a mulher . Não é a primeira vez, ele sempre fez isso. Ele sempre trata a mulher como objeto. É um comportamento que a TV brasileira reproduziu por muito tempo e que agora já não é mais aceito pela sociedade. Não temos mais espaço para isso”, lamentou a tucana.
Claudia Leitte usou as redes sociais na última segunda-feira (12) para se manifestar e prestar apoio a todas as mulheres que vivem o assédio durante o cotidiano. “Quando passamos por episódios desse tipo, vemos em exemplificação, o que acontece com muitas mulheres todos os dias, em muitos lugares. Isso é desenfreado, cruel, nos fere e nos dá medo”, afirmou a cantora em uma postagem no Instagram.
Na opinião de Adriana Toledo, o termômetro entre a brincadeira e o assédio é a maneira como a mulher está se sentindo. “Se a mulher se sente constrangida então está errado. Pelo fato de Claudia ser uma pessoa pública isso incomoda muito todas as mulheres que passam por isso todos os dias em diferentes setores. A gente fica incomodada”, acrescentou.
A tucana acredita que as emissoras de televisão brasileiras têm a responsabilidade social de não reproduzirem comportamentos que denigram a dignidade das mulheres e que o combate ao assédio é um movimento mundial. “É preciso que as TVs tenham o compromisso de não reproduzir mais esse tipo de atitude machista. Repudiamos o assédio e no Brasil precisamos nos unir contra ele”, concluiu.
O Teleton é um evento beneficente criado para ajudar crianças da AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente. Em um período de 24 horas, artistas doam seus cachês para pedir doações durante programação ao vivo no SBT. A edição deste ano ultrapassou a meta dos R$ 30 milhões.
Reportagem Tainã Gomes de Matos