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Therezinha Ruiz defende investimento em capacitação e fiscalização de professores no Brasil

Foto: Divulgação

Eleita deputada estadual pelo Amazonas, a professora Therezinha Ruiz lamentou a baixa colocação do Brasil no Índice Global de Status de Professores de 2018, divulgado na noite de quarta-feira (7), pela Varkey Foundation, organização voltada para a educação. O país ocupa a última posição em ranking sobre prestígio do professor. O levantamento avalia como a população de 35 países enxerga a profissão.

“Muitos professores brasileiros não lecionam por vocação, mas por ser a última opção para a entrada no mercado de trabalho. Infelizmente no Brasil essa é uma realidade ‘se tudo der errado, vou dar aula’. Essa é uma cultura que tem que acabar. Para ensinar primeiro é preciso querer”, afirmou a tucana.

Segundo a pesquisa, a maioria da população brasileira enxerga a profissão docente uma carreira pouco segura para os jovens e com salários insuficientes. O Brasil regrediu nos últimos cinco anos indo contra uma tendência global de crescimento no prestígio dado aos professores.

Em 2013, quando o estudo foi feito pela primeira vez e avaliou 21 nações, o País aparecia na penúltima colocação. Na edição deste ano, com a piora na percepção sobre o respeito dos alunos e com menos pais dispostos a incentivar seus filhos a seguir a profissão, o índice nacional piorou e colocou o país como lanterna do ranking.

Desempenho

Therezinha Ruiz acredita que para mudar esse quadro pessimista em relação à profissão de docente é necessário investimento tanto na capacitação dos profissionais quanto na fiscalização e no monitoramento do desempenho de professores e alunos.

“Quando o aluno se depara com um professor despreparado ele perde o interesse em continuar estudando. Por isso é muito importante a valorização do professor. É preciso um acompanhamento de perto desses profissionais. Se o professor não der o resultado esperado ele precisa de uma reciclagem. É preciso ter metas na educação”, sugeriu.

Para chegar no resultado final da pesquisa, foram entrevistadas mil pessoas, de 16 a 64 anos, em cada país e mais de 5,5 mil docentes. No Brasil, apenas 9% acreditam que os alunos respeitam seus professores – na China, o líder, 81% veem esse respeito. O dado aparece em consonância com o fato de que só 20% dos pais brasileiros afirmam que encorajariam seus filhos a seguir a carreira – ante 55% dos pais chineses.

Reportagem Tainã Gomes de Matos 

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