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Mobilização de órgãos públicos contra o assédio sexual

Nos últimos dois anos, o tema assedio sexual começou a ser mais debatido em órgãos públicos. Campanhas, canais de atendimento as vítimas e cursos foram criados. Com isso, mulheres tiveram mais coragem de denunciar e casos, que antes ficavam escondidos, começaram a ser revelados.

Em São Paulo, o número de denúncias passou de cinco, entre 2012 e 2017, para dez, entre março e agosto de 2018. Ainda é muito baixo, a despeito da campanha Trabalho sem Assédio Sexual, feito pela Corregedoria-Geral da Administração.

As mulheres que ocupam cargo comissionado ou prestam serviço para empresas terceirizadas são as vítimas mais vulneráveis pela falta de estabilidade. A maioria das denuncias são de casos violentos, mesmo que a campanha alerte para a denúncia de casos mais “sutis”, como palavras que causem constrangimento. Os casos investigados são enviados para a entidade onde o agressor possui vínculo, para que ele seja julgado.

A CGA realizou cursos para os servidores e distribuiu conteúdos de conscientização.“Não é um problema que se liquida da noite para o dia. Assédio sexual é diferente de paquera. Se a paquerada topou, que vire casamento. Se disse não, não é não”, observou Ivan Agostinho, presidente da Corregedoria e idealizador da campanha. Outras iniciativas foram criadas em empresas ligadas ao Estado, após a campanha da CGA. Na Controladoria-Geral da cidade de São Paulo, 20 denúncias foram recebidas entre outubro do ano passado e agosto deste ano, nesse mesmo período, 319 servidores participaram de nove oficinas sobre o assunto.

*Com informações do Estadão

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