Mais uma família brasileira que havia sido separada na fronteira dos Estados Unidos foi reunida nesta semana. Após uma espera de 45 dias, mãe e filho de Minas Gerais conseguiram ajuda de advogados americanos para abrir um processo na Justiça e, no último sábado (14), tiveram uma sentença favorável que permitiu que a criança deixasse o abrigo onde estava em Baytown, no Texas. Segundo reportagem do Globo, agora eles viverão com familiares em Boston à espera do resultado do seu processo de pedido de asilo.
A representante do PSDB-Mulher de Rondônia, Nazaré Trindade de Melo, comemorou o reencontro de mãe e filho e considerou a política de separação de famílias adotada pelo presidente americano Donald Trump “cruel e desumana”. Para ela, é possível encontrar uma solução para os imigrantes de forma pacífica e menos hostil.
“O mundo precisa pensar em políticas públicas voltadas para os imigrantes porque este não é um problema só dos Estados Unidos. Vivemos isso no Brasil com os venezuelanos. É preciso acolher essas pessoas de forma humana e oferecer artifícios para que eles encontrem uma solução para os problemas deles”, disse a tucana.
Nazaré é contra o fechamento de fronteiras e acredita que há como ajudar os estrangeiros sem prejudicar os nativos de uma nação. “É preciso um trabalho de resgate da autoestima e ajuda com empoderamento destas pessoas”, completou.
O governo Trump começou a separar famílias que tivessem atravessado a fronteira entre México e Estados Unidos em abril deste ano. Na “política de tolerância zero” adotada pelo presidente, os pais são processados criminalmente e levados a presídios federais, enquanto os filhos vão a centros de acolhimento para menores desacompanhados. Entretanto, diante da pressão política e à reprovação popular, Trump cedeu e abandonou a política em junho, aceitando dar início ao processo de reunificação das famílias.
Contudo, o governo não tem conseguido cumprir com os prazos impostos pela Justiça para garantir que pais e filhos se reencontrem. O último expira em 26 de julho, quando todos os menores até 17 anos devem, de acordo com uma sentença judicial, ter deixado os abrigos para onde foram enviados desacompanhados de responsáveis.
*com informações de O Globo