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Países onde mais mulheres estão no governo têm menos corrupção, diz estudo

Foto divulgação Facebook

A corrupção é menor onde há mais mulheres participando do governo. É o que indicam dados de uma pesquisa feita com mais de 125 países, incluindo o Brasil, e publicada no “Journal of Economic Behavior & Organization” pelos pesquisadores Chandan Jha e Sudipta Sarangi.

O levantamento revela ainda que a representação das mulheres na política local também é importante. Na Europa, por exemplo, a probabilidade de suborno é menor nas regiões com maior representação de mulheres.

Segundo o G1, o levantamento em questão é o estudo mais abrangente sobre o assunto e examina as implicações da presença de mulheres em outras ocupações, incluindo a participação de mulheres na força de trabalho, cargos administrativos e cargos de tomada de decisão, como os CEOs.

Metodologia

O estudo usa uma técnica estatística, conhecida como análise de variáveis instrumentais, para estabelecer a causalidade na relação entre mulheres e corrupção, já que não se pode afirmar que geneticamente as mulheres são menos ou igualmente corruptas que os homens.

Pode-se acreditar que a relação entre gênero e corrupção tende a desaparecer à medida que as mulheres ganham igualdade no status social. Isto aconteceria porque, conforme o status das mulheres melhora, elas poderiam obter acesso às redes de corrupção e, ao mesmo tempo, aprenderiam a se engajar em atividades corruptas. Mas o estudo indica justamente o contrário.

Quanto maior a igualdade de status dos países em que há mais mulheres no governo, menor é o nível de corrupção.

O estudo sugere que são as políticas formuladas por mulheres que geram impacto na corrupção: “Descobrimos que os países onde as mulheres têm status social semelhante ao dos homens – por exemplo, em países mais desenvolvidos, eles ainda reduzem a corrupção e não a aumentam. Portanto, fazemos essa afirmação. É porque buscam políticas diferentes”, diz Sarandi.

As implicações políticas do estudo apontam para a necessidade de promover a igualdade de gênero em geral e, em especial, promover a presença de mulheres na política. Pesquisas anteriores estabeleceram que uma maior presença de mulheres no governo também está associada a melhores resultados de educação e saúde.

*Com informações do G1

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