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Imposições sociais e culturais são causas do adoecimento mental feminino, dizem debatedores

Stressed business woman

A violência doméstica, a culpa e a não realização das expectativas impostas às mulheres são algumas das causas do adoecimento mental feminino. O tema foi debatido na última terça-feira (26), em audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social e Família e de Defesa dos Direitos da Mulher.

De acordo com a doutora em psicologia Valeska Zanello, coordenadora do Grupo de Pesquisa “Saúde Mental e Gênero”, da Universidade de Brasília, a forma de agir dos homens faz com que o Brasil seja um dos países do mundo onde mais se matam mulheres. As pressões sofridas pelas mulheres geram transtornos de ansiedade e depressão, entre outras doenças, aponta a professora.

Ela defende que é necessário discutir um tipo de masculinidade agressiva, que não só faz as mulheres adoecerem como também faz com que as principais causas de morte entre os homens sejam os homicídios, acidentes de carro e suicídios.

Para Valeska Zanello, não se pode falar em saúde sem debater a saúde mental. “A gente tem várias questões que precisam ser nomeadas e problematizadas. Por exemplo, um alto índice de medicalização das mulheres por psicotrópicos, principalmente antidepressivos e ansiolíticos. Isso é invisibilizado. A gente tem o problema da violência contra as mulheres – o Brasil é o quinto país em feminicídio – como um fator de adoecimento”.

Como formas de ajudar na manutenção da saúde mental das mulheres, Valeska Zanello propôs a construção de creches, para que elas possam retomar a vida após a maternidade, e o debate da questão de gênero nas escolas, para que meninos e meninas tenham outras perspectivas.

*Com informações da Agência Câmara

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