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Tucana representa PSDB-Mulher no 1º seminário internacional sobre fake news no TSE

Representando o PSDB-Mulher, a assessora jurídica Luciana Loureiro (DF) participou do primeiro “Seminário Internacional Fake News: Experiências e Desafios” promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Delegação da União Europeia no Brasil, na última quinta-feira (21).

O evento contou com a participação de alguns dos maiores especialistas brasileiros e europeus sobre o tema. O presidente do TSE, ministro Luiz Fux, abriu o seminário com palestra ‘Fake News: Um Novo Desafio Para a Democracia’. Cinco painéis discutiram diferentes aspectos relacionados ao tema central do seminário: A Justiça Eleitoral e as Fake news; Desinformação e Experiência Europeia; Medidas Jurídicas e Tecnológicas; Visão da Mídia e da Sociedade Civil; e Redes Sociais e Plataformas Digitais.

“Eu achei muito interessante essa parceria internacional. Ouvimos a opinião de especialistas de vários países e ficou claro que a educação digital é primordial para que não haja a disseminação das fake news”, disse Luciana Loureiro.

Segundo a assessora jurídica do PSDB-Mulher, os palestrantes demonstraram preocupação em relação ao Brasil por vários fatores. Entre eles, a grande quantidade de usuários da Internet no país. Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase a totalidade (92,4%) dos 116,1 milhões de habitantes do país que acessaram a rede fizeram uso de aplicativos de troca de mensagens para se comunicar.

“Os especialistas mencionaram dois episódios internacionais relevantes envolvendo as notícias falsas, como o Brexit na Inglaterra e a eleição nos EUA. Para eles, isso demonstra a força das notícias falsas na rede. Elas podem mudar o resultado de uma eleição”, disse.

As próximas eleições brasileiras, os investimento dos órgãos do país e dos sites como Google e Facebook para coibir este tipo de prática, também foram citados por Luciana como temas de debate e estudo por parte dos especialistas no assunto.

“Google, Facebook e alguns jornais já têm ferramentas de checagem se a notícia é verdadeira ou falsa. Nós do PSDB e do PSDB-Mulher também já temos um mecanismo em que o cidadão pode conferir a veracidade do fato antes de compartilhar uma inverdade. É preciso que a apuração dos fatos se torne uma prática constante por parte da população”, alertou.

Whatsapp

A especialista em Direito Penal e Processo Penal, advogada Andrea Costa, também participou da palestra e ressaltou a dificuldade de denunciar as notícias falsas nos aplicativos de mensagens. Segundo Andrea, os palestrantes demonstraram preocupação em relação ao controle do conteúdo veiculado por meio dessas ferramentas e a importância da mobilização social no combate às fake news.

“Especialistas disseram que o maior disseminador de notícias falsas é o whatsapp porque as mensagens são criptografadas e é praticamente impossível detectar de onde surgem. É aí que surge a importância da consciência da pessoa antes de divulgar algo. É muito importante detectar a fonte, checar entes de postar”, alertou Andrea.

Luciana completou dizendo que a responsabilidade aumenta muito por parte do formador de opinião, como no caso das lideranças políticas.

O impulso das “paixões” também foi citado como uma das causas das propagações de mentiras na Internet. “Quando a pessoa é muito apaixonada por um tema, ela se deixa levar pelo impulso momentâneo de compartilhar, mesmo sem ver a procedência. É preciso ser mais racional antes de postar algo”, acrescentou Luciana.

Bom jornalismo

A tucana também destacou que outra vertente apontada pelos palestrantes para combater as notícias falsas é o bom jornalismo e o compromisso com a ética das informações transmitidas.

“É preciso um esforço maior ainda por parte dos jornalistas e produtores de conteúdo. A participação popular nas denúncias também é fundamental para a mudança de comportamento. Se a sociedade não se mobilizar para combater a fake news não tem jeito. Não existe mecanismo 100% eficaz para discernir o falso do verdadeiro. Temos que fazer parte dessa luta diariamente”, sugeriu.

A advogada Andrea Costa também relatou a importância da ética jornalistica para que mentiras não sejam encaradas como verdades e prejudiquem pessoas inocentes. “O papel dos jornalistas é vital no combate à difusão de notícias falsas. O compromisso com a fonte e  a responsabilidade social da profissão devem sempre nortear o trabalho desses profissionais que contribuem para que a sociedade fique devidamente informada sobre o que acontece no país”, disse.

As palavras de encerramento ficaram a cargo do embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, um dos responsáveis diretos pela iniciativa. Também prestigiaram o evento a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, os ministros Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Gustavo do Vale Rocha (Direitos Humanos), e do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia.

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