A presidente do PSDB-Mulher do Piauí, Virginia Nogueira, defendeu políticas públicas e novas leis que assistam à população LGBT brasileira. Para ela, o Brasil ainda está atrasado no que se refere ao setor da diversidade.
“Apesar das pessoas estarem assumindo sua sexualidade, ainda existe muito preconceito, muitas mortes em decorrência de uma escolha pessoal. Acima de tudo, é preciso respeito ao outro”, afirmou a tucana.
Na semana passada, o Congresso Nacional promoveu o 15º Seminário LGBT, que discutiu alternativas para que Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais tenham uma velhice digna, diante da constatação de que o preconceito e a violência contra esta parcela da população reduzem a expectativa de vida.
“É preciso reformular as leis para abranger este público. Alguns avanços já podem ser percebidos, como a possibilidade do uso do nome social nos documentos, mas ainda estamos longe do ideal”, avaliou Virgínia.
A questão de gênero também foi mencionada pela tucana como um tema recorrente e que tende a protagonizar as discussões daqui para frente. “Ninguém mais vai conseguir impedir alguém de ser o que é. Acredito que para as gerações futuras a orientação sexual não será mais um tabu”, previu.
Para Virgínia, os novos arranjos familiares, a questão da adoção e de herança devem ser aprimorados na legislação já vigente para que o preconceito não se sobreponha à dignidade.
“Um casal homossexual que pretende adotar uma criança ainda enfrenta muitas dificuldades no Brasil. Isso precisa mudar! Existem muitas crianças precisando de carinho e amor” completou.
Além da falta de políticas públicas, muitos parlamentares que participaram do seminário LGBT criticaram o conservadorismo de parte da Câmara dos Deputados e denunciaram um movimento para impedir que discussões sobre questões de gênero sejam realizadas no Parlamento. Representantes da sociedade civil deram exemplos de iniciativas não-governamentais para a população LGBT e convocaram esse grupo para escolher, nas eleições de outubro, representantes comprometidos com as demandas do segmento.
*Com informações da Agência Câmara.