A presidente do PSDB-Mulher de Guarulhos e tesoureira do PSDB-Mulher de São Paulo, Sônia Delfino, analisou a mais recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) sobre os casos de câncer de mama no Brasil. Segundo o levantamento, cerca de 70% dos casos diagnosticados no país acabam em uma mastectomia (remoção total da mama). Para a tucana, o principal motivo é a identificação tardia da doença.
Diagnosticada com câncer de mama por duas vezes, a primeira em 2001 e a segunda em 2004, Sônia conhece de perto a realidade das brasileiras que tentam tratamento na rede pública de saúde. Ela destaca que o alto índice de remoção de mamas está ligado à dificuldade do diagnóstico precoce e demora ao acesso a consultas, exames, biópsia e tratamento.
“Eu acho que o governo deveria dar prioridades absoluta para as mulheres que já estão com diagnóstico fechado da doença. Elas têm prioridade, devem ser atendidas na frente, porque a doença não espera. Existem casos que da descoberta ao óbito levam 60 dias”, alertou Sônia.
Sônia criticou as políticas públicas que não têm continuidade e citou como exemplo as ações que são postas em prática em março, mês que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, e que não duram o ano inteiro.
“A carreta do câncer de mama que tivemos no nosso estado em março conseguiu que muitas mulheres fizessem a mamografia, mas muitas não conseguem marcar a consulta para que os médicos analisem o resultado do exame. Assim não adianta”, advertiu.
Pesquisas internacionais apontam que se o tumor é descoberto logo no início – com menos de 2 centímetros – as chances de cura podem chegar a 95%.
Para Sônia Delfino, enquanto o governo não organizar e priorizar as ações de prevenção, muitas mulheres morrerão no país com possibilidades reais de serem curadas. “É triste constatar isso, mas é a realidade”, concluiu.