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Crime cresce em Boa Vista e prostituição vira opção para venezuelanas

A crise migratória da Venezuela fez com que nos últimos dois anos a cidade de Boa Vista, capital de Roraima, recebesse cerca de 40 mil venezuelanos fugindo do colapso econômico e institucional do seu país. O fluxo crescente levou ao surgimento de acampamentos na periferia da cidade, superlotação dos hospitais, aumento da criminalidade e prostituição para as mulheres em situação de vulnerabilidade.

Segundo reportagem do Estadão, centenas de jovens venezuelanas sem emprego começaram a se prostituir nas ruas da capital no ano passado. As estrangeiras se concentram no bairro Caimbé, principalmente na Rua Leôncio Barbosa, que passou a ser chamada pelos moradores da cidade de Rua Ochenta (oitenta, em espanhol), em referência ao valor médio cobrado por uma hora de programa com as venezuelanas.

Boa Vista viu o número de ocorrências criminais dobrar com o aumento da população. No entanto, apenas 0,5% dos crimes foi cometido por venezuelanos, segundo a Polícia Civil. Entre 2015 e 2017, o número de boletins registrados na cidade passou de 7.929 para 15.266, dos quais 63 tiveram os imigrantes como autores.

Apesar dos dados, a população da capital de Roraima atribui o aumento da criminalidade à chegada dos estrangeiros.

Combate à xenofobia

Recentemente, a deputada Bruna Furlan (PSDB-SP) criticou a proposta da governadora de Roraima, Suely Campos, de fechar temporariamente a fronteira do estado com a Venezuela. Segundo a tucana, a ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) não está em coordenação com os esforços do Legislativo em ajudar o estado e fere princípios constitucionais.

Em nota, Bruna diz que o pedido é ineficiente. “Ele apenas acirra os ânimos, ao afrontar princípios como a promoção e garantia dos direitos humanos, a acolhida humanitária, o repúdio à xenofobia e a não criminalização da migração, consagrados na Constituição de 1988 e em nossa legislação, bem como em compromissos internacionais firmados pelo governo brasileiro”, acrescentou.

*Com informações do Estadão.

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