Após o resultado das eleições para o Tribunal Superior do estado de Wisconsin, o domínio na alta corte do Judiciário é oficialmente feminino. Após a posse da juíza Rebecca Dallet, elas ocuparão seis dos sete cargos de ministro disponíveis no tribunal. Ao todo, entre os 332 cargos de ministros de todos os tribunais superiores estaduais, cerca de 119 são ocupados por mulheres.
Além de Wisconsin, mas 10 estados americanos se destacam pela maioria feminina, como Oregon, com cinco dos sete ministros sendo mulheres, e Washington, com sete ministras entre os nove que compõem a Casa. O cargo de presidente do Tribunal Superior é ocupado por mulheres em 16 estados, porcentagem bem maior do que em altos cargos do Executivo ou Legislativo.
O levantamento promovido pela Milwaukee Magazine revelou que os eleitores preferem mulheres nos cargos dos tribunais superiores. Entre os anos de 1993 e 2017, ocorreram 19 eleições para ministros de tribunal concorrendo 19 mulheres e 28 homens. As mulheres ganharam 13 eleições (68%), e os homens, seis (21%).
No Brasil, só recentemente as mulheres chegaram à Corte Suprema. A primeira foi a ex-ministra Ellen Grace. Mas atualmente três mulheres se dividem no comando do Judiciário: Carmem Lúcia no Supremo Tribunal Federal (STF), Laurita Vaz no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Raquel Dodge à frente da Procuradoria Geral da República. Isso sem falar na advogada-geral da União, Grace Mendonça.