O mês de março chega com uma marca: o Dia Internacional da Mulher. Celebrado mundialmente em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher transformou o mês em emblema de episódios de luta, reivindicações e conquistas. Ao longo da história, muitas mulheres morreram pela causa feminista em busca de dignidade e melhores condições de vida. Organizações femininas de vários países da Europa e dos Estados Unidos protestaram durante décadas até conseguirem fixar e oficializar o Dia da Mulher.
Porém, em pleno século XXI, a realidade ainda está longe de ser igualitária entre homens e mulheres. A ONU (Organização das Nações Unidas) Mulheres definiu que o tema deste ano será “O tempo é agora: ativistas rurais e urbanas transformam a vida das mulheres”.
As comemorações ocorrem em meio a um movimento global por direitos, igualdade e justiça. Assédio sexual, violência e discriminação contra as mulheres dominaram o discurso público e vem ganhando cada vez mais adeptos, inclusive do sexo masculino.
No que depender da ONU, o alerta é para a situação de vida das mulheres rurais no planeta, que constituem mais de 25% da população, representando 43% da força de trabalho agrícola mundial.
De acordo com as Nações Unidas, o 8 de março deve unir as mulheres para celebrar avanços, tomar medidas e buscar transformações em busca de qualidade de vida feminina.
Histórico
A data de 8 de março começou a ser idealizada com o início do movimento feminista que teve início com a chegada da mulher no mercado de trabalho durante a Revolução Industrial no século XVIII. Ativistas buscavam igualdade entre gêneros em meados do século XVIII, durante a Revolução Industrial.
Os primeiros movimentos de operárias protestavam contra as jornadas exaustivas de trabalho, que chegavam a 15 horas diárias, contra os salários medíocres e pelo fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.
A luta trabalhista feminina se estendeu nos séculos XIX e XX e outras datas chegaram a ser celebradas como Dia Internacional da Mulher. A onda de protestos ficou ainda mais forte com a chegada Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e se espalhou pelo mundo todo.
Em 8 de março de 1917, o protesto “Pão e Paz”, na Rússia, reuniu 90 mil mulheres que manifestaram contra o Czar Nicolau II: as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. Foi a partir desta mobilização que o dia 8 de março se consagrou como o Dia Internacional da Mulher, apesar do documento oficial ter sido assinado apenas em 1921.
A ONU demorou 20 anos para reconhecer os direitos das mulheres. Foi no ano de 1945 que a entidade assinou o primeiro acordo internacional assegurando princípios de igualdade entre os gêneros.
Na década de 1960, o movimento feminista ganhou mais adeptos, em 1975 foi declarado oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.