A coordenadora do PSDB-Mulher da Região Norte e vice-presidente do PSDB de Rio Branco, Raquele Naseralla (PSDB-AC), avaliou como “alarmante” os dados de uma recente pesquisa feita pelo Banco Mundial e do Inter-Parliamentary Union sobre a participação mundial de mulheres nos parlamentos, divulgada neste domingo (28).
No ranking global, os Estados Unidos (EUA) aparecem na 99ª (19,4%) posição em participação feminina no Legislativo, em uma lista de 187 nações. O Brasil ocupa a posição 151 (10,7%) na lista perdendo para Ruanda (61,3%), Bolívia (53,1%) e Cuba (48,9%).
Para Raquele Naseralla, o problema da baixa representatividade feminina no Brasil se dá por uma questão de falta de consciência das brasileiras diante da responsabilidade delas na sociedade.
“O que eu vejo aqui no nosso estado [Acre] e que se reflete também pelo Brasil é que as mulheres não têm vontade de participar. Acredito que muitas veem as questões que envolvem o mundo político como algo muito severo e acabam se omitindo por achar que vai ser difícil”, disse.
A tucana afirmou também que uma boa parte das cidadãs acredita que participar da política é “enfrentar problemas” e completou dizendo que a falta de conhecimento sobre o que pode ser feito é uma das principais barreiras para a evolução feminina.
“As brasileiras precisam entender que elas têm condições debater seja qual for o assunto. Temos capacidade de olhar para os problemas de forma diferenciada. É preciso coragem para isso. Coragem para se expor e representar nosso gênero”, declarou.
Dedicação
Raquele Naseralla destacou o trabalho feito pelo PSDB-Mulher do Acre que incentiva a participação das tucanas nos cargos eletivos. “Estamos fazendo um esforço enorme aqui no nosso estado para que as mulheres vejam a importância de participar. Não podemos nos esconder e nos esquivar dessa responsabilidade que é nossa”, reiterou.
A tucana ressaltou que o momento vivido no Brasil é único e que há um protagonismo feminino. “Estamos vivendo um momento importantíssimo no nosso país onde há um chamado para que nós, mulheres, tomemos atitudes. Nós temos que nos colocar à disposição e entrar nesta batalha contra a desigualdade”, disse.
Para ela, é preciso um esforço dos partidos políticos e das lideranças em fazer campanhas educativas e de incentivo com o objetivo de aumentar a participação feminina. “Somos mais de 54% do eleitorado! Precisamos lutar para sermos representadas, se não, não há democracia”, concluiu.