O ano que começou tenso e violento em Goiás com a fuga de 233 presos, na região metropolitana de Goiânia (GO), dos quais 127 voltaram voluntariamente, 29 foram recapturados e nove mortos, o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) propôs um debate nacional com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre segurança e o sistema de execução penal.
Perillo afirmou que o governo do Estado investiu R$ 3 bilhões na área em 2017, enquanto a União repassou a Goiás apenas R$ 30 milhões. “É muito pouco, representa apenas 1% de todo o nosso investimento”, observou
Para o tucano, o maior problema no sistema prisional, disparado, são os crimes resultantes do tráfico e contrabando de armas. “E estes são de responsabilidade Federal, mas quem arca com o ônus são os governos estaduais”, afirmou ele.
De acordo com Marconi Perillo, fez um grande trabalho com a criação dos Comandos Operacionais de Divisa, que estão espalhados por todas as divisas goianas e nos últimos três anos apreendeu mais de 60 toneladas em drogas.
O governador lembrou que 80% dos crimes cometidos hoje em todo o Brasil têm origem no tráfico de drogas e que é ele também o responsável pela formação dos grupos organizados de bandidos, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.
Vídeo
Em vídeo publicado no Facebook, Marconi Perillo detalhou as medidas que o Governo de Goiás tomou para melhorar o sistema prisional depois da rebelião no Complexo de Aparecida de Goiânia, na segunda-feira (1º), e chamou atenção mais uma vez para a omissão do governo federal em assuntos relacionados à Segurança Pública.
Custeio e investimentos no Sistema Prisional de Goiás
2014: R$ 312.664.441,31
2015: R$ 338.766.814,51
2016: R$ 391.251.063,91
2017: R$ 501.054.365,72
Dados:
Em 2017, o número de servidores efetivos (Agentes Prisionais) aumentou 103% passando de 771 para 1577 ASP’s.
De 2014 a 2017, aumentou 60,25% a destinação de recursos para o custeio e investimentos no sistema prisional.
*Com informações do governo de Goiás e do site G1.