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Mulheres pré-históricas eram mais fortes do que atletas de ponta

As mulheres pré-históricas tinham braços mais fortes que até mesmo os das campeãs de remo dos dias de hoje. A conclusão é de um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A pesquisa analisa a história do trabalho manual das mulheres ao longo de milênios.

A principal hipótese é que tamanha força nos ossos seja resultado do trabalho de moer grãos durante muitas horas por dia, tarefas realizadas naquela época por elas.

Segundo os cientistas, as exigências físicas para as pré-históricas podem ter sido subestimadas no passado. Tudo indica que o trabalho delas foi um fator crucial para as primeiras economias agrícolas.
Para ter uma base de comparação, os pesquisadores usaram scanners para analisar ossos dos braços (úmero) e pernas (tíbia) de diferentes tipos de mulheres, do período pré-histórico aos dias de hoje.

Foram avaliadas, por exemplo, amostras de atletas profissionais e semiprofissionais que correm, remam e jogam futebol e também de mulheres mais sedentárias.

As remadoras são de um tradicional clube de Cambridge, e venceram no ano passado uma histórica disputa de barco do Reino Unido. Elas remam mais de 100 km por semana em rios.

Pesquisadores acreditam que as mulheres pré-históricas devem ter usado pedras para moer grãos. Essa atividade, que se resume a uma sequência repetitiva de movimentos circulares, se assemelha ao movimento que remadores fazem.
Os principais achados do estudo foram divulgados na publicação acadêmica Science Advances e sugerem que o trabalho das mulheres foi essencial para o surgimento da agricultura.
*Com informações da BBC em português.

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