Duas décadas e meia da campanha de Outubro Rosa no mundo, mas a luta contra o câncer de mama ainda é intensa e diária. O que mais tem me impressionado é que a doença já atinge 10% das mulheres com menos de 30 anos. E segundo os especialistas, 7% das mulheres diagnosticadas com a doença não completaram 40 anos.
A surpresa é maior ainda quando se observa que, apesar de raro entre as adolescentes, o câncer de mama também é um problema para elas: uma em cada 100 meninas diagnosticadas com a doença tem de 13 a 16 anos – 1% das adolescentes brasileiras.
Definitivamente quando se é jovem não se pensa que vai ter de enfrentar uma situação dessas. Mas é o câncer de mama o tipo que mais mata mulheres no mundo! Só no Brasil, em 2013, mais de 14 mil mulheres morreram da doença.
Não são poucos os relatos de conhecidas minhas e amigas que contam que quando se deram conta já era tarde. É que o câncer, infelizmente, é uma doença que atua de forma rápida e para enfrentá-lo é preciso lutar contra o relógio.
A ciência tem evoluído a tal ponto que são vários os tratamentos e terapias associados que podem ser feitos em conjunto para combater esse mal que atua como um fantasma nas nossas vidas.
Porém, antes é preciso pensar nos exames de prevenção, das campanhas de conscientização e alerta. Agora é a hora de também chamar a atenção que o problema da infraestrutura para atender as mulheres não é isolado, pois há de fato ausência de equipamentos, mas outras vezes eles estão quebrados e ainda não existem técnicos e médicos habilitados para fazer o exame de mamografia.
Outubro Rosa é o momento também de parar, refletir e agir. O câncer de mama é uma doença que atinge o feminino no que é tão caro para nós não pode continuar a nos amedrontar.
*Presidente nacional do PSDB Mulher e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres no governo Fernando Henrique Cardoso.