Os avanços no enfrentamento do câncer de mama e no empoderamento das mulheres são o principal foco da campanha Outubro Rosa de 2017. O laço rosa simboliza a luta contra a doença e o movimento tem o objetivo de estimular a participação da população, de empresas e de instituições e de alertar as mulheres sobre a prevenção da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o que mais afeta as mulheres no Brasil e no mundo, respondendo por cerca de 25% dos casos novos por ano. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás do câncer de pulmão.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) informou que surgem cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama por ano no Brasil, dos quais 15 mil levam as mulheres a óbito. O Inca estima que, do início de 2016 até o final de 2017, sejam diagnosticados quase 58 mil novos casos no país.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais frequente nas mulheres das Regiões Sudeste, com 68,08 casos a cada 100 mil mulheres; Sul, com 74,30 por 100 mil; Centro-Oeste, com 55,87 por 100 mil; e Nordeste, com 38,74 por 100 mil. Na Região Norte, é o segundo tumor mais incidente, com 22,26 casos a cada 100 mil mulheres.
Para a Sociedade Brasileira de Mastologia, essas diferenças provavelmente têm origem no fato de que, quanto maior o desenvolvimento da região, maior a incidência de câncer de mama em decorrência da maior exposição das mulheres a fatores como poluição e estresse.
Diagnóstico
Apenas a biópsia pode confirmar o diagnóstico de câncer. No caso específico do câncer de mama, os agrupamentos celulares da doença são conhecidos desde o século 19, mas somente na década de 1990 foi possível identificar sua causa: duas mutações em genes específicos chamados BRCA1 e BRCA2. A partir daí, foi possível identificar quais famílias são portadoras desse defeito e, dentro dessas famílias, quais são os indivíduos afetados.
As mulheres que herdam mutação desses genes têm até 85% de chance de desenvolver câncer de mama e alta chance — de até 40% — de desenvolver câncer de ovário. Um caso conhecido é o da atriz norte-americana Angelina Jolie, portadora de uma mutação num desses genes e com vários casos de câncer de mama e ovário na família. Ela anunciou em 2013 ter se submetido a uma mastectomia dupla para reduzir suas chances de desenvolver a doença.
Embora existam vários tipos de câncer, alguns são bastante raros. Em muitos casos, um único tumor na mama pode ser uma combinação desses tipos raros ou uma mistura de células invasivas.
Autoexame
O o autoconhecimento é uma ferramenta importantíssima para a saúde da mulher por capacitá-la a observar alterações e procurar ajuda médica o quanto antes. Especialistas sugerem observar pintinhas pelo corpo, o couro cabeludo e a coloração da região genital em busca de alterações de coloração e, além disso, fazer o autoexame – enquanto a mulher desliza as mãos com o sabonete sobre os seios à procura de nódulos.
O exame clínico das mamas deve ser realizado anualmente por um ginecologista em mulheres a partir dos 25 anos de idade. Já a mamografia deve ser feita periodicamente após a mulher completar 40 anos. Quando necessário, o próprio médico encaminha a paciente ao mastologista, para exames detalhados.
*Com informações da Agência Senado.