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Tucana diz que impunidade contribui para a violência sexual

A vereadora de Matão (SP) Ana Maria Freire (PSDB-SP) destacou que é a impunidade uma das principais causas do agravamento da violência sexual no país. Segundo levantamento da Globo News, três a cada 10 casos de violência sexual registrados no primeiro semestre deste ano em São Paulo ocorreram em locais públicos – escolas, transportes coletivos, bares, no atendimento médico e, principalmente, na rua.

“É uma questão de segurança pública, as pessoas acham que podem fazer o que bem entenderem sem obedecer a lei, justamente porque sabem que a impunidade é grande. É um desvio de caráter, falta punição”, alertou a vereadora.

Cerca de 55% dos entrevistados revelou conhecer alguém que já sofreu assédio ou abuso sexual. Pelo levantamento, 14 milhões de mulheres disseram que já foram beijadas a força, enquanto 13 milhões já foram tocadas maliciosamente sem a sua permissão.

A tucana afirmou que falta rigor no cumprimento da lei que ampara e promete dar segurança à mulher. “Precisamos de menos burocracia no andamento prático das investigações, a pena tem que ser mais dura, sempre tem algum desvio, alguém tentando burlar a lei”, pontuou.

Ana Maria ressaltou a insegurança vivida por todas as mulheres. “Hoje a mulher é abusada em todos os lugares, nem mesmo os espaços públicos dão qualquer segurança para nós. Até dentro de casa, pelos parceiros, pessoas próximas”, completou.

A maioria dos crimes de violência sexual geralmente está ligada à violência doméstica  e é praticada por companheiros, parentes ou mesmo vizinhos ou pessoas próximas a vítima. No entanto, os números revelam que muitos agressores preferem espaços públicos, uma vez que sentem que quanto maior o número de pessoas, maior a vulnerabilidade da vítima.

Recentemente, dois casos  de abuso sexual foram noticiados dentro do transporte público paulista, ambos tinham o mesmo agressor, que foi preso e liberado por um juiz que alegou “não haver constrangimento” para a vítima.

Em todos os casos, é essencial que a vítima ou pessoas próximas a ela reconheçam o crime e denunciem.

*Com informações da GloboNews.

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