Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela crescimento de 30 % nos empreendimentos femininos nos últimos 14 anos. A mulher vem ocupando cada vez mais espaço no sustento da família. De 10 lares, 4 são chefiados pela mãe e, nos outros, a renda adquirida por elas é cada dia mais necessária.
Para a vereadora de Serra Negra do Norte (RN) Ana Karine Araújo (PSDB), formada em administração de empresas, o avanço é significativo, porém ainda há mais a ser feito. “A mulher está provando que não pilota só fogão, ela pilota o que quiser. Estamos adentrando todas as áreas, tomando a frente, e precisamos buscar cada vez mais espaço”, analisou.
Ana Karine destacou que a mulher deve ser encorajada a empreender, ainda que o mercado ainda favoreça o homem. “Nós temos que ir quebrando aos poucos o preconceito, levantar a cabeça e não se rebaixar para o machismo, lutar por espaço e sucesso”, alertou.
A necessidade da mulher em empreender é também fruto da dificuldade em encontrar espaço no mercado de trabalho após a maternidade, por precisar de maior flexibilidade no horário de expediente. Cerca de 30% das mulheres trabalham em casa, desenvolvendo atividades ligadas a serviços domésticos, venda de cosméticos ou no ramo da alimentação.
O desenvolvimento de micro e pequenas empresas por mulheres possibilitou que elas completassem a renda familiar, na busca por seu espaço e ainda como uma saída para a crise instalada no Brasil pelo governo petista.
A vereadora alerta, porém, que quem pretende abrir o próprio negócio deve realizar uma pesquisa de mercado, entender o meio no qual pretende investir, procurar por apoio e especialização ou treinamento na área.