Atual prefeita da Chapada dos Guimarães (MT), Thelma Pimentel Figueiredo de Oliveira foi a quarta presidente do PSDB-Mulher, de 2007 a 2013, e está na política há mais de três décadas. A tucana recomenda que as mulheres que têm vocação política busquem aperfeiçoamento e a compreensão do que a legenda representa para o país e a sociedade.
“Temos que militar pelas causas femininas e entender o que o partido defende. É preciso ler bastante sobre o programa e o estatuto, principalmente, ter compromisso com a população. É isso que nos move”, afirmou a prefeita.
Para Thelma de Oliveira, é preciso intensificar a luta das mulheres em busca da conquista de espaços ainda predominantemente ocupados por homens. “Nosso partido avançou, mas ainda está muito longe do que nós consideramos ideal, que é a paridade. Houve avanço, mas queremos mais”, disse ela. “Ainda sentimos resistências, mas nossa luta para igualdade de gênero tem que continuar”, completou.
Antes de assumir a Prefeitura, Thelma foi deputada federal pelo Mato Grosso e primeira-dama no período em que o governo do estado era Dante de Oliveira (morto aos 54 anos, em 2006) – autor da emenda constitucional que propôs as eleições diretas para presidente da República, que se realizariam em 15 de novembro de 1984.
Conquistas
Ao comandar o PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira teve como prioridade expandir o segmento dentro do partido. “A nossa disposição era trabalhar para dar capilaridade nos estados, nas capitais e também nos municípios”, disse ela. “Fazer com que o PSDB-Mulher chegasse ao interior e ficasse conhecido. Essa era nossa meta. Nós fizemos muita campanha de filiação e levamos a proposta do PSDB-Mulher para as mulheres que não tinham acesso.”
A prefeita disse que o objetivo foi alcançado. “Nosso desafio foi cumprido. A partir daí, nós começamos a ampliar o número de mulheres tucanas candidatas. Unificamos a nossa linguagem para as nossas candidatas, capacitamos para que elas não fossem apenas candidatas, mas também disputassem de fato a eleição. Fizemos campanha de filiação nos municípios para que atingíssemos os 50% de filiadas”, ressaltou ela.
Segundo Thelma de Oliveira, nas conversas e visitas ao interior do país, foi possível observar que era necessário alterar o estatuto do PSDB para garantir a presença de 30% das mulheres na legenda. “Não foi uma luta muito fácil porque o partido resistia em aprovar isso achando que, depois, ele teria que atender os demais segmentos, mas nós sempre defendemos que o PSDB-Mulher tinha uma participação absolutamente diferente dos outros segmentos. E, por isso, o PSDB-Mulher permanece até hoje”, disse.
O desafio no momento, de acordo com a tucana, é resgatar as propostas e a história do PSDB. “Eu entendo que o PSDB neste momento tenha que corrigir os erros e fortalecer a participação dos diversos segmentos. É uma missão importantíssima”, afirmou Thelma de Oliveira. “Temos várias mulheres prefeitas, vereadoras e líderes em câmaras legislativas. Continuamos a nossa luta em capacitar e uniformizar.”