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Marisa Serrano: é preciso ampliar participação feminina

Conselheira do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul, Marisa Serrano comandou o PSDB-Mulher, de 2001 a 2005, e defende maior participação das mulheres na política nacional como alternativa para a redução da desigualdade de gênero que existe no país. A ex-senadora lembra que o Brasil é o país da América do Sul com menor representação parlamentar feminina, o que traz prejuízos à democracia.

“Não pode existir sociedade democrática onde há discriminação e preconceito. Então, a presença da mulher e sua contribuição se torna imprescindível para a construção e fortalecimento da democracia”, afirma a conselheira.

O principal desafio das mulheres, na opinião de Marisa Serrano, é conquistar oportunidades semelhantes às oferecidas aos homens. “O acesso ao poder político, onde são decididos assuntos importantes da vida em sociedade, é um deles. Mas entrar neste reduto essencialmente masculino com certeza não será fácil, porque irá alterar o “status quo” vigente. Minha recomendação é ter foco, trabalhar dobrado, organizar-se em redes, construir alianças fortes em torno de um projeto político que une todas e todos”, defendeu.

Na opinião da ex-senadora, as mulheres continuam sendo vítimas diárias das violências simbólicas e físicas, que chegam, por vezes, ao feminicídio – o que interfere diretamente em sua participação na vida pública e política.

“Existe no imaginário da sociedade um perfil de mulher que foi construído ao logo da história: dócil, recatada, submissa. Estes preconceitos são sublimados em pequenos gestos e falas no dia a dia e, acredito, toda mulher já sofreu algum tipo de discriminação ao longo da vida”, afirmou.

PSDB-Mulher

Marisa Serrano lembra, com carinho, da criação do PSDB-Mulher em um ato de “coragem” ao lado de tucanas como Yeda Crusius, Maria de Lourdes Abadia e Thelma de Oliveira, entre outras.

“Capitaneadas por Yeda, adentramos na sala onde estava ocorrendo a reunião da Executiva do PSDB e exigimos um assento à mesa. E conseguimos! Foi nessa época que conseguimos do Instituto Teotônio Vilela um orçamento anual para a execução de nosso planejamento. Quando a mulher tem foco, se organiza em rede e escolhe os caminhos certos, chega ao destino.”

Ela lembra que, na época em que presidiu o PSDB-Mulher, não havia nem espaço físico para as atividades do segmento – cenário que foi mudando ao longo do tempo. “Conquistamos espaço físico e uma secretária. Planejamos e executamos inúmeros cursos de formação, aplicamos uma pesquisa direcionada às mulheres filiadas, publicamos cartilhas e artigos e realizamos vários encontros regionais, além dos nacionais”, afirmou.

A ex-senadora diz ter orgulho dos caminhos traçados pelo PSDB-Mulher, especialmente pelas ações do segmento em defesa dos direitos e do empoderamento feminino. “Fico feliz em saber que o PSDB-Mulher conta hoje com mais colaboradores e que tem realizado muito agregando simpatizantes e filiadas em prol do empoderamento feminino na política”, afirmou.

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