Os dois estados possuem características distintas, mas são reflexo de uma realidade assustadora. Na última segunda (7), o Instituto Maria da Penha lançou um contador que ganhou o nome de Relógios da Violência. Segundo o mecanismo, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal.
A vereadora Paula Loris (PSDB-RS) destacou a importância de serem adotadas políticas públicas para prevenir e amparar a vítima, assim como também tratar e atender ao agressor. “É preciso ir na raiz do problema, onde ele começa. Quando o agressor recebe tratamento, a probabilidade dele voltar a cometer a violência é muito menor”, pontuou.
Paula Loris ajuda a desenvolver o projeto HORA (Homens, Orientação, Reflexão, Atendimento) que visa atender homens denunciados por violência contra a mulher na cidade de Caxias do Sul (RS). Ela também trouxe à discussão a demora nos processos de investigação e julgamento nos casos de agressão.
“Muitas vezes, nessa demora pelo julgamento, a mulher acaba voltando para a mesma situação, ou fica pior. Temos que pensar em políticas que de fato diminuam os casos”, argumentou a tucana. Para amparar a mulher, a defensoria Pública do RS disponibiliza um serviço de atendimento às vítimas de Porto Alegre e Região Metropolitana.
No Maranhão, foi criado o Departamento de Feminicídio, que dará mais atenção aos casos de violência contra a mulher. O estado começará um processo de investigação especializado nas mortes violentas de mulheres, a fim de tirar o feminicídio da invisibilidade. Para o departamento especializado do estado, através dessas medidas, o combate à violência será mais eficaz.