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“A divergência pode ser útil se o propósito for nobre”, por Thelma de Oliveira

Thelma de Oliveira

Cobrar do PSDB uma posição única, sem divergências nem contraditórios, é uma incoerência no verdadeiro significado do que representa um partido político e os debates que o cercam. Se agora há divergência em relação a temas considerados relevantes, no passado também houve.

Há alguns anos, o PSDB se dividiu em relação à aprovação da contribuição provisória, a CPMF. Na ocasião, os tucanos também foram muito criticados exatamente como ocorreu recentemente, mas por que não divergir?

Uma pessoa pública – seja prefeita como eu estou, deputada, senadora, governadora ou até o presidente da República – está cercada de uma série de responsabilidades que vão muito além da opinião pessoal. É preciso respeitar as questões regionais, os eleitores e os interesses econômicos envolvidos naquele determinado assunto.

A nossa preocupação deve ser mais ampla do que agradar “A” ou “B” ou evitar a crítica, é necessário pensar no que a sociedade realmente espera de cada pessoa pública. No meu dia a dia, ouço queixas constantes para melhorar a qualidade da educação, de estimular mecanismos para a geração de empregos e garantir segurança pública.

Tenho certeza que são pedidos diários para qualquer pessoa que viva a política intensamente e ocupe um cargo. Não podemos fechar os olhos para isso. É fundamental sintonizar as propostas, em discussão no Congresso, com os anseios da sociedade e das pessoas que nos cercam. É para isso que trabalhamos em política.

Por isso, eu repito não temos de nos preocupar com as divergências, que são naturais na vida, mas com a busca de convergências para as propostas que atendam aos desejos mais nobres das pessoas vivem uma dura realidade e sonham com dias melhores.

*Thelma de Oliveira é prefeita da Chapada dos Guimarães (MS).

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