Segundo a presidente do secretariado, a ex-ministra Solange Jurema, o encontro foi muito importante para alinhar pensamentos e para fortalecer a união entre as mulheres tucanas. “Nós temos mulheres de todos os estados brasileiros que convivem diretamente com o povo e conhecem as demandas. E é isso que o Brasil hoje está clamando nas ruas. É preciso que os nossos políticos ouçam as ruas, ouçam a população e escutem o clamor do que a sociedade quer”, disse.
A presidente disse que o compartilhamento de ideias fortalece o segmento e que cada vez mais as pessoas estão se distanciando da política. “Existe uma distância da cúpula do poder da população e eu acho que as mulheres são essa ponte que pode aproximar os nossos políticos do que a população quer e precisa”, afirmou.
A deputada federal Yeda Crusius (PSDB-RS) ressaltou a importância de o PSDB-Mulher reafirmar os valores tucanos frente às mulheres que fazem política no país. “Essa reafirmação dos valores da social democracia tem no PSDB-Mulher um fórum absolutamente importante. O que não podemos aceitar enquanto movimento partidário é que continuem os maus hábitos que levaram milhões de brasileiros e brasileiras às ruas”, declarou, por meio de vídeo enviado à reunião.
A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) deu um depoimento sobre sua trajetória e sobre o orgulho de pertencer ao PSDB. “Um dos motivos que me levou a ser tucana foi a admiração que tenho pelas nossas lideranças. Existe hoje uma necessidade oxigenação na política e no partido. O PSDB tem muita gente boa, muita gente capaz e que pode fazer muito pelo nosso Brasil”, afirmou.
A tucana destacou a importância da continuidade dos trabalhos do governo e os malefícios que os escândalos de corrupção trazem para o andamento das reformas que podem mudar o país.
“A sociedade não aguenta mais. A gente vai dormir sem saber o que vai acontecer amanhã. Todo dia são novas denúncias e todo os políticos estão sendo misturado como se todos fossem corruptos. Isso está afastando as pessoas da política. Não podemos desistir das pessoas, do nosso país, da luta. Temos que mostrar que tem gente boa na política e que são essas pessoas que vão fazer a diferença”, disse.
Para Mariana, a sociedade é quem mais sofre com a instabilidade política. “O Brasil não pode parar mais. Não temos espaço para discutir um outro impeachment. Temos que ter responsabilidade”, completou.
Representatividade feminina
A presidente do PSDB-Mulher do Pará, Maria Alves dos Santos, afirmou que o momento é de muita cautela e de união. “Temos um compromisso maior com o Brasil. Somos obrigadas a buscar forças e enfrentar este momento difícil. Nós precisamos reagir. E a reação já tem que ser ano que vem, durante a eleição. Temos que trabalhar para aumentar a nossa representatividade e nos fazer ouvir”, disse.
Para Eliana Piola, 1ª Secretária do PSDB-Mulher Nacional e presidente do PSDB Mulher de Divinópolis (MG), o momento é de respeito, transparência e rigidez no que refere às políticas públicas voltada para as mulheres. “É preciso que a gente se imponha, O PSDB-Mulher precisa ser ouvido mais”, enfatizou.
A presidente do PSDB Mulher de Pernambuco e deputada estadual, Terezinha Nunes, demonstrou preocupação com as reformas que estavam em andamento e elogiou a indicação do senador Tasso Jereissati (CE) para comandar a sigla.
“Estamos numa situação de perplexidade. O PSDB é um partido que tem responsabilidade e não se mistura em corrupção. Nós não vamos defender nada que não seja legal. Eu acho que a escolha de Tasso foi acertada neste momento em que é preciso rever muita coisa”, disse.
A presidente do PSDB-Mulher do Amazonas, Cecília Otto, enfatizou que o PSDB-Mulher é a voz feminina do partido. “É o momento de reforçarmos a crença no nosso partido, a crença na social democracia. Sempre estivemos a frente dos projetos mais importantes do país”, disse.
A vereadora de Piracicaba e presidente do PSDB-Mulher de São Paulo, Nancy Thame, disse que o diálogo é muito importante em momentos de crise. “É preciso discutir a exaustão para encontrar um senso comum, um posicionamento comum de todas. É assim que se faz uma democracia participativa”, afirmou.
“Essa tem sido uma posição e uma vertente que está sempre presente no PSDB-Mulher, Há mais de década nós caminhamos nesse sentido. São nos momentos mais difíceis a gente tem que fazer o balanço das dificuldades, de possíveis erros e ver o que é preciso fazer para avançarmos”, completou.
Solange Jurema encerrou a reunião agradecendo a presença de todas e dizendo que as mulheres brasileiras exigem responsabilidade com o Brasil e compromisso com a democracia.