As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (21) pelo jornal O Globo. Segundo pesquisa feita pelo instituto Cendas-FMV, enquanto o salário mínimo no país é de 27.092 bolívares, os itens básicos para a subsistência de uma família de cinco pessoas representam um gasto de 460.381 bolívares, 17 vezes mais. Só em novembro deste ano, o preço da cesta básica na Venezuela subiu 480% em comparação com o mesmo período de 2015.
Em um mês, de outubro a novembro deste ano, a cesta básica ficou 30.755 bolívares mais cara. Dentre os produtos que mais subiram de preço, estão o café, as carnes, o leite, queijo e ovos. De acordo com a pesquisa, os venezuelanos também têm dificuldades para encontrar 17 dos 58 itens que compõem a cesta básica, entre eles arroz, açúcar, farinha de trigo e margarina. Quando os produtos de limpeza, higiene pessoal e medicamentos entram na conta, a escassez fica ainda mais evidente.
Integrante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, a deputada federal Shéridan (PSDB-RR) destacou que a situação na Venezuela é assustadora, e lembrou que o Brasil poderia ter tido um destino similar, caso o PT tivesse continuado à frente da Presidência da República.
“Os venezuelanos enfrentam a escassez de quase todos os insumos básicos, perseguições e prisões políticas. Uma situação calamitosa”, disse. “As violações dos direitos humanos na Venezuela também são chocantes. E pensar que tinha gente que queria um regime parecido no Brasil”, ironizou.
A tucana criticou ainda o fechamento das fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia, promovido por Maduro, que tem impedido brasileiros no país vizinho de voltarem para casa. Para ela, o ditador venezuelano tenta responsabilizar as nações vizinhas pelos problemas decorrentes de seu próprio governo totalitário.
“É típico das ditaduras apontar inimigos externos como os causadores dos seus próprios problemas. Sem ter como se explicar, Maduro tenta desviar o foco”, constatou a parlamentar. “A manutenção da liberdade exige uma constante vigilância. Não podemos aceitar autoritarismos, independente de qual ideologia eles tenham”, completou Shéridan.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.