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Após impeachment, escândalos e fracasso nas eleições, PT regride ao nível de 1998 no Congresso

forapt FOTO ITVBrasília (DF) – Passado o período de ascensão durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, capitaneado pela bonança econômica que nasceu com as reformas implantadas na gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso, o Partido dos Trabalhadores embarcou em uma trajetória de declínio que o levou aos mesmos patamares de 1998. Fragilizado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pelos crescentes escândalos de corrupção envolvendo a sua cúpula, o PT perdeu força não apenas nas eleições municipais deste ano, com um desempenho muito abaixo do esperado, mas também no Congresso Nacional, onde perdeu números e postos chave.

Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (20) pelo jornal Gazeta do Povo, o partido, que antes era protagonista, agora é coadjuvante. Para se ter uma ideia da derrocada, basta saber que o PT tem hoje menos deputados federais em sua bancada do que em 1998. Naquele ano, 59 parlamentares foram eleitos pelo partido. O pico de popularidade foi em 2010, com 84 deputados eleitos. Atualmente, são apenas 57.

Nas comissões da Câmara, a situação não é muito melhor. O PT comanda apenas três dos 25 colegiados da Casa: Cultura, Direitos Humanos e Fiscalização Financeira. O número é o mesmo de 1998. Já no Senado, a evolução foi microscópica. Enquanto em 1998, o partido emplacou sete senadores, atualmente a bancada conta com dez.

O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) avaliou que os números do PT no Congresso Nacional refletem a péssima gestão feita pelo partido durante os 13 anos em que ocupou a Presidência da República.

“É o resultado da péssima gestão do PT, que trouxe muitos problemas ao Brasil e os brasileiros. Infelizmente, o Brasil andou para trás, perdeu competitividade, perdeu capacidade de inovar, perdeu o tempo de se modernizar nos últimos anos. Hoje, o Brasil está entre os piores países do mundo na qualidade da educação, na competitividade internacional, é o país que tem o maior número de ações trabalhistas do mundo, é o país que tem a maior complexidade tributária do mundo, é o país que teve o pior desempenho econômico entre todos os países do mundo. Temos juros altos que aumentam a dívida do país. Tivemos somente uma contribuição muito negativa”, constatou.

Além do desgoverno econômico que criou diversos problemas sociais, entre eles o empobrecimento da população, a exclusão social, o desemprego e a queda da qualidade dos serviços públicos, o parlamentar destacou que o PT também foi responsável por transformar os escândalos de corrupção em rotina para os brasileiros.

“Além de tudo isso, nós ainda convivemos com o maior escândalo conhecido até hoje que foi a questão da Lava Jato, que demonstrou um esquema de corrupção jamais visto, uma corrupção institucionalizada do Partido dos Trabalhadores”, lamentou.

Para Lippi, todos esses problemas só poderiam resultar em uma péssima avaliação das pessoas e do país, refletidas nos resultados das urnas que confirmaram a queda vertiginosa do número de vereadores e de prefeituras conquistadas pelo PT.

“Lamentamos tudo isso porque tem sido um preço muito caro a ser pago pelos brasileiros, e agora estamos em uma luta para que a gente consiga recuperar a economia, que preocupa a todos nós. Esse é o grande desafio. Tudo isso é, sem sombra de dúvida, o resultado de uma herança que o PT deixou para o Brasil que é uma tragédia, uma catástrofe econômica que culminou na maior crise dos últimos 90 anos”, completou o tucano.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Gazeta do Povo.

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