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Sob ameaça de demissão, funcionários públicos fizeram campanha para o PT em 2014

agenciabrasil190213_dsa9705Brasília (DF) – Diversos funcionários terceirizados da Companhia de Habitação de Brasília (Codhab), que estiveram sob o comando do ex-deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) durante o governo do ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT), foram obrigados a participar de ações de divulgação dos candidatos petistas na campanha de 2014. A informação é de reportagem do site Congresso em Foco. A matéria relata que, caso os servidores não participassem dos atos, corriam o risco de perder o emprego.

De acordo com a reportagem, os funcionários usavam o horário de almoço, depois do expediente e fim de semana para balançar bandeiras vermelhas e distribuírem santinhos para pedir voto para os candidatos.

O levantamento mostra que mais de 40 ações correm no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) contra a Codhab, o PT e a Projebel – empresa contratada para prestar serviço de recepcionistas e que emprestava funcionários para a campanha.

Os funcionários alegam que foram obrigados a participar das ações de divulgação dos candidatos. Já há, inclusive, uma indenização “padrão” na Justiça local. Todos os funcionários da Projebel que passaram por essa situação devem receber R$ 30 mil.

Ilícito

Uma ex-recepcionista da Codhab e contratada pela Projebel Thaís Anes de Lima foi uma das funcionárias indenizadas. Thaís afirmou que as ordens para trabalhar na campanha durante o expediente eram do chefe direto dos recepcionistas.

“A gente era obrigado a trabalhar na campanha sob ameaça de ser demitido caso não fosse. Nosso horário era até 17h, mas ficávamos até 19h balançando bandeira, distribuindo santinhos e até colando adesivo em carros. Aos sábados, íamos para rodoviária”, relatou ao Congresso em Foco.

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