De acordo com a reportagem, os funcionários usavam o horário de almoço, depois do expediente e fim de semana para balançar bandeiras vermelhas e distribuírem santinhos para pedir voto para os candidatos.
O levantamento mostra que mais de 40 ações correm no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) contra a Codhab, o PT e a Projebel – empresa contratada para prestar serviço de recepcionistas e que emprestava funcionários para a campanha.
Os funcionários alegam que foram obrigados a participar das ações de divulgação dos candidatos. Já há, inclusive, uma indenização “padrão” na Justiça local. Todos os funcionários da Projebel que passaram por essa situação devem receber R$ 30 mil.
Ilícito
Uma ex-recepcionista da Codhab e contratada pela Projebel Thaís Anes de Lima foi uma das funcionárias indenizadas. Thaís afirmou que as ordens para trabalhar na campanha durante o expediente eram do chefe direto dos recepcionistas.
“A gente era obrigado a trabalhar na campanha sob ameaça de ser demitido caso não fosse. Nosso horário era até 17h, mas ficávamos até 19h balançando bandeira, distribuindo santinhos e até colando adesivo em carros. Aos sábados, íamos para rodoviária”, relatou ao Congresso em Foco.