Em 2015, 5,6% dos consultados declararam que estavam com prestações de imóveis atrasadas há mais de 30 dias. O índice era ainda menor em 2014, de 4,2%. O atraso no pagamento da casa própria, como mostra a pesquisa, afeta principalmente a classe C. Mais de 50% da amostra são de pessoas que recebem mensalmente até R$ 3 mil. E com o crescimento do desemprego, que alcançou o patamar recorde nesse semestre, especialistas temem que a fatia de devedores que atrasam o financiamento imobiliário cresça ainda mais.
Para o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), esse crescimento demonstra que o avanço da crise econômica nos últimos anos desmascarou a ilusão criada pelo governo do PT e minou as esperanças dos brasileiros.
“O avanço da crise econômica está minando o sonho dos brasileiros. Tudo que se fez até agora foi simplesmente uma enganação, a tentativa de mostrar um país que não existia, que não dava conta de pagar os seus compromissos. Isso foi criando um buraco e todos nós estamos pagando um preço muito caro por isso.”
Para o deputado, o governo tem tomado as medidas necessárias para estabilizar a economia e mudar esse cenário. “É um ajuste que precisa ser feito. Por exemplo, essa proposta de emenda que foi aprovada na Câmara e que estabelece o teto de gastos é uma medida muito necessária. O Ministério das Cidades, por exemplo, já tem programas para atendimento das pessoas mais carentes, que é o Cartão Reforma, que foi lançado recentemente como iniciativa do PSDB nas mãos do ministro Bruno Araújo.”
O estudo foi realizado por meio de amostra com base em 176 mil devedores de todo o país, que foram alvo de 16 empresas de cobrança. Os números do Banco Central confirmam a inadimplência levantada pela pesquisa e revelam que entre janeiro e outubro deste ano, os atrasos entre 15 e 90 dias das prestações de imóveis cresceram 2,5% em valores monetários.
Clique aqui para ler a íntegra da reportagem do Estado de S. Paulo.