Órgãos de proteção acreditam que a quantidade de casos é maior.
Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera
Maria Gomes é um exemplo dos traumas que a violência doméstica pode causar. Ela sofreu durante 20 anos e conta que já passou momentos difíceis na luta para superar o trauma, mas não se arrepende de ter denunciado. “Não tenha medo! Enfrente a sociedade, mesmo se alguém rir, mesmo que alguém fale. Enfrente, sem vergonha”, disse. (Veja o vídeo)
Nos cinco primeiros meses deste ano foram registrados 232 atendimentos relacionados à violência contra a mulher na Defensoria Pública do Estado. Em 2015, o número não passou de 142. Só que os órgãos de proteção acreditam que a quantidade de casos é ainda maior.
A Defensoria registou 51 atendimentos somente em maio deste ano. O número é duas vezes maior que o registrado no mesmo mês de 2015. A quantidade de casos cresceu, mas a rede de assistência ainda é pequena. São 12 delegacias especializadas para atender os 139 municípios do estado.
Porém, a denúncia pode ser feita em qualquer outra delegacia ou em instituições que fazem parte da rede de apoio à mulher.
“Ela [mulher] pode ir no Ministério Público, na delegacia, na Defensoria e Tribunal de Justiça. Em qualquer lugar ela pode se encaminhar narrando a necessidade da proteção e será encaminhada ao órgão competente”, explicou a defensora pública Elydia Monteiro.
“Culturalmente, o entendimento é de que as mulheres podem ser agredidas e violadas. Muitas delas sequer se reconhecem nessa situação”, afirmou.