Na maioria dos 5.568 municípios brasileiros, a situação é muito delicada. A recessão deprimiu a atividade econômica, cortou empregos e comprimiu as receitas dos governos. As despesas, em boa parte vinculadas por comandos constitucionais, não param de aumentar. Alguns números resumem o descompasso.
Os gastos das prefeituras com pessoal aumentaram 31% acima da inflação desde 2010. Já as despesas com inativos – ou seja, o pagamento de aposentadorias e pensões – cresceram 52% no mesmo período. Não há dinheiro que dê conta disso – a menos que se considere razoável esfolar ainda mais a população com mais impostos.
Com o aumento das despesas, a saída das prefeituras foi cortar investimentos. A queda foi de 3%, considerando o período entre 2010 e 2015, e de 13% apenas na virada de 2014 para 2015. A consequência é visível, na forma da perda de qualidade dos serviços públicos oferecidos à população.
Como superar isso? Mais que nunca, é de bons gestores e da boa política que as cidades e os cidadãos precisam: equilibrar gastos e receitas, dar uso correto ao dinheiro que é pago pelos cidadãos, cuidar melhor das pessoas. São todas marcas do modo tucano de governar.
Também mais que nunca, num momento grave e difícil como o atual, as boas gestões devem ter um olhar prioritário para os mais pobres. O histórico de boas práticas e políticas públicas criadas pelo PSDB está aí para inspirar novas e inovadoras iniciativas: o Saúde da Família, a Bolsa Escola, o Fundef – ora seguidos pelo recém-criado Cartão Reforma. É prova de que sabemos estabelecer prioridades para o orçamento público e direcionar os recursos para quem mais precisa.
Felizmente, as prefeituras ainda estão em melhores condições financeiras que os estados e, principalmente, que o governo federal, alquebrado pelos 13 anos de gestões do PT. Prova de que, mesmo com todas as dificuldades, os prefeitos têm sido mais responsáveis, têm percebido mais as necessidades e têm olhado mais pela população.
A hora agora é de reconstrução de um país que foi destroçado pela irresponsabilidade petista. Será nos municípios que esta transformação irá começar. O papel dos 803 prefeitos eleitos pelo PSDB a partir do próximo ano é demonstrar, com trabalho e resultados, que a missão da boa política é simples, embora nada fácil: melhorar a vida das pessoas.