“Realizou-se uma eleição numa confusão total, inclusive no que se refere às regras. Por exemplo, permitiu-se a pré-campanha sem o direito de se dizer que era candidato nem usar propaganda patrocinada na Internet que é, sem dúvida, a forma mais barata de fazer campanha. Se o Tribunal determinasse toda a campanha pela Internet, com autorização para patrocínio, cairiam muito os custos”, avaliou.
Terezinha Nunes acredita que essas regras serão ajustadas dentro do projeto de reforma política que volta à pauta do Congresso Nacional. “A igualdade entre os candidatos existe muito mais na Internet, mesmo se tendo alguns com mais recursos que outros. Qualquer um tem R$ 10,00 para patrocinar ao menos uma vez uma propaganda nas redes sociais. Com essa proibição, o que ocorreu foi que os novos candidatos tiveram grandes dificuldades porque chegaram no dia da eleição desconhecidos, diante de uma campanha curta e sem publicidade. Eu mesma me deparei com eleitores que ainda achavam que eu era deputada estadual e não candidata a vereadora. Esse sistema não pode continuar assim”, disse.
Embora o PSDB não tenha chegado no segundo turno na disputa à prefeitura do Recife, Terezinha avalia que a candidatura do deputado federal Daniel Coelho abriu caminho para o partido crescer. “O PSDB já está crescendo no Nordeste inteiro e a candidatura de Daniel abriu espaço para o partido. Daniel saiu muito maior dessa eleição, afirmou um campo próprio, independentemente do PT e do PSB”.
De volta à Assembleia Legislativa, a partir do próximo ano, a tucana antecipa que não exercerá oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) pois seria uma contradição, considerando que o PSDB apoiou a eleição do socialista em 2014. “Quando fiz oposição ao então governador Eduardo Campos, deixei muito claro à população que estava assumindo esse meu papel porque não tinha votado em Eduardo. Fiquei na oposição até o fim, fui leal. Agora, votei em Paulo Câmara e ele contou com o apoio do meu partido. Então não tenho como fazer oposição ao governador”, justificou.
Sobre os temas nacionais que pautam hoje o Congresso, dentro da agenda prioritária estabelecida pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), Terezinha Nunes defendeu a aprovação da PEC 241 – em votação nesta terça-feira (25) em segundo turno -, e as reformas da previdência e política.
“A PEC 241 é importantíssima e o PT continua aprontando. Aprontando com os estudantes, com os sindicalistas, é preciso que a sociedade esteja muito atenta a isso para que a gente consiga andar porque o país está numa situação ainda muito difícil. Todos os dias empresas continuam sendo fechadas, o alívio esperado para o final do ano ficou para 2017. Havendo discernimento, aprovaremos a PEC 241, a reforma da previdência e a reforma política”.
*Do site do PSDB-PE