A baixa representatividade feminina nos parlamentos municipais continua repercutindo negativamente. Na edição desta segunda-feira (24) do jornal Valor Econômico, o excelente artigo “A nítida ausência de mulheres na política e o necessário ajuste de foco”, assinado por Diogo Rais e Luciana Ramos, afirma que embora o Brasil adote quotas de gênero como mecanismo de entrada das mulheres na política, o que revela “uma preocupação com o problema, mas colateralmente pode ofuscar outro ponto em que há um gargalo a ser combatido: a estrutura partidária. Todas as medidas criadas são instrumentos que conferem ao partido político a decisão de selecionar as candidaturas, distribuir os recursos e o tempo de propaganda eleitoral”.
Do Espírito Santo, Rita Camata comentou: “Continuamos com cúpulas partidárias formadas por homens apenas preocupados com seus projetos, desrespeitando a maioria do eleitorado de mulheres. Há um enorme descaso com nossa contribuição no processo da representatividade e nosso olhar de sociedade democrática; nos toleram. E no acúmulo de jornada, e com crise econômica, social e ética nas costas, fica mais difícil ainda irmos para o embate que não é de ideias, mas de interesse em se manter no poder. Chega a ser desanimador”, concluiu.
Na visão dos articulistas, apenas uma reforma política adequada poderá repensar as estruturas partidárias, a fim de igualar a participação de homens e mulheres nas casas legislativas.
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