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PSDB Mulher-SP avalia eleições e projeta novos passos

Nancy Ferruzzi ThameTerminado o período eleitoral, o PSDB Mulher de São Paulo se reuniu nesta semana com o objetivo de avaliar o resultado das eleições deste ano e planejar os próximos passos. Segundo a presidente do PSDB Mulher-SP, Nancy Thame, que foi eleita vereadora em Piracicaba, 134 tucanas foram eleitas em São Paulo, sendo 119 vereadoras e 15 prefeitas. O presidente estadual do PSDB, dep. Pedro Tobias, também participou do encontro.

Segundo Nancy, as eleitas passarão por novos cursos preparatórios, desta vez para enfrentar os desafios do cargo. Em janeiro, as vereadoras eleitas em São Paulo e nos demais estados do Sudeste se encontrarão em São Paulo. Já as prefeitas eleitas em todo o Brasil devem participar de uma imersão em Brasília também no primeiro mês de 2017.

“Assim como preparamos nossas candidatas para participar das eleições, queremos que elas estejam prontas e afiadas para enfrentar esse desafio maior que é defender nossa população nas Câmaras Municipais e nas prefeituras“, explicou Nancy. “Além disso, é um momento importante de troca de experiências e de projetos”, concluiu.

Em novembro, as mulheres também realizarão um grande encontro de lideranças para analisar a questão feminista e a atual conjuntura política.

“A luta por igualdade de gênero é permanente e não é menor na política. Temos a sorte de contar com um time altamente capacitado, motivado e que serve de exemplo no PSDB. Tenho certeza de que a construção de uma sociedade mais justa e igual passa pela luta feminina e São Paulo e o país ainda têm muito a ganhar com a maior participação das mulheres na política”, defendeu o presidente.

MULHERES AINDA SÃO MINORIA

Thelma de Oliveira

Apesar de representarem 51% da população brasileira, as mulheres continuam a ocupar pouco espaço na política. Pelo menos 23% das cidades do país não terão vereadoras nas câmaras a partir de 2017. A porcentagem corresponde a 1.290 municípios. Em apenas 23 cidades, 0,4% do total, as mulheres serão maioria no Legislativo a partir do ano que vem. O resultado evoluiu pouco em relação à eleição de 2012. Dos quase 58 mil vereadores eleitos, apenas 13,5% são mulheres, enquanto em 2012, o índice foi 13,3%.

Para a vice-presidente do PSDB Mulher, Thelma de Oliveira, os números trazem à tona as barreiras sociais que dificultam o protagonismo da mulher na política.

“Retratam ainda o desafio que é para a mulher acessar um dos espaços mais difíceis para ela, o do poder, o espaço político. Além do trabalho, da casa e dos filhos, ela ainda tem que ter uma militância política. E esses são alguns dos fatores que mais impedem a mulher a acessar esse espaço.”

Eleita prefeita de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, Thelma de Oliveira explica que a condição de desigualdade na disputa eleitoral entre homens e mulheres ainda é um dos principais fatores que afeta a participação feminina nesse espaço. Para ela, o Brasil deve lutar por uma reforma que garanta o lugar da mulher e de outros segmentos da sociedade na esfera política formal.

“Falta ainda acontecer uma reforma política que garanta igualdade. E quando falamos disso, não é apenas em relação à mulher. É preciso lembrar também das questões financeiras, raciais, e uma série de outras coisas que a nossa lei eleitoral acaba não agregando. Precisamos de uma reforma eleitoral mais ampla e inclusiva, que veja todos esses aspectos e que permita a todos concorrer em igualdade de condições.”

Até o momento, o índice de mulheres prefeitas também desagrada. O número de eleitas neste ano é menor em relação a 2012: caiu de 11,9% para 11,6%.

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