Foto: Arquivo pessoal
Vereadora eleita, lamenta que as mulheres ainda não sejam maioria
Por Adriana Ferezim
Há pelo menos 10 anos, Nancy Thame, trabalha na capacitação de candidatas, como voluntária no seu partido, o PSDB, e como conselheira no Brasil da Fundação Konrad Adenauer, instituição alemã que promove a educação política. Agora, eleita vereadora de Piracicaba, com 1.781 votos no último dia 2, ela estará do outro lado, como parlamentar, protagonista dos ensinamentos que motivaram inúmeras mulheres a ingressar na política e que para ela, ainda são necessárias muitas mais nas funções do Legislativo e do Executivo.
“Em 23% dos municípios brasileiros nenhuma mulher foi eleita. Temos um histórico de privações, inclusive com as cotas para candidatas que deve ser de 50%. É preciso ainda muito trabalho porque foi somente na Constituição Federal de 1988, que fomos consideradas iguais aos homens, mas ainda há armadilhas no processo e é preciso dar uma atenção especial para a mulher ocupar o seu espaço na política”, afirmou.
Nancy é esposa do deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame e presidente do PSDB Mulher estadual. Nesta quarta-feira (19), ela fez uma visita à redação e foi recebida por Lourenço Tayar e pelo editor Joacir Cury. Falou dos seus objetivos e das atividades que pretende desenvolver na Câmara, como um mandato participativo, principalmente das mulheres, agricultores e empreendedores.
“A Câmara é um espaço para interlocução, debate e ampliação do conhecimento e da promoção da cidadania, além das funções de legislar e fiscalizar o Executivo. “Estou animada para iniciar o mandato. Estou conhecendo mais o trabalho da Câmara e fiquei mais tranquila ao conhecer o corpo técnico que poderá apoiar a mim e a todos os novos vereadores”, comentou.
No mandato, ela irá se dedicar, prioritariamente, a três eixos de trabalho: cidades e agricultura sustentáveis; empreendedorismo; e mulheres mais participativas da política.
“Vou desenvolver ações ligadas a sustentabilidade nas áreas rurais. Os empreendedores e o grande número de mulheres que trabalham informalmente merecem atenção nesse momento de crise. Sei que o Executivo e o Sebrae desenvolvem programas, mas quero contribuir. Vou atuar no fortalecimento da mulher nas decisões de poder. Terminei o no passado o curso de Ciência Política e é preciso reduzir o desequilíbrio entre homens e mulheres na Política”.
Colunista
Nancy é colunista da Gazeta desde 2008 e retomará as publicações na coluna ‘Jardins & Cia’ sobre Paisagismo, alternada com temas relacionados à sustentabilidade que ela começará a escrever.
*Clique aqui para ler a matéria no site da Gazeta de Piracicaba