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Estudo põe em evidência o vínculo entre zika e síndrome Guillain-Barré

Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)

Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)

Há vínculo entre o aumento de zika e a multiplicação da síndrome.
Pesquisa foi publicada na revista ‘New England Journal of Medicine’.

Da France Presse

Um estudo mostrou evidências mais conclusivas sobre os vínculos entre o vírus da zika e a síndrome de Guillain-Barré, segundo uma pesquisa publicada nessa quarta-feira (5) nos Estados Unidos.

ZIKA

Vírus é preocupação mundial

Os resultados desse trabalho, divulgados na revista médica americana “New England Journal of Medicine”, colocam em evidência a existência de uma correlação entre uma infecção pelo vírus da zika e a síndrome de Guillain-Barré, doença neurológica autoimune, em um número significativo de pacientes atingidos pela doença, concluíram os pesquisadores.

Os dados epidemiológicos sugerem há muito tempo que existe um vínculo estreitoentre a crescente frequência de casos de infecção pelo zika e a multiplicação do número de pessoas que sofrem da síndrome Guillain-Barré.

“No início da onda de zika na América do Sul, meus colegas na Colômbia me contactaram porque estavam preocupados com o aumento do número de pacientes com complicações neurológicas em seus hospitais”, explica o médico Carlos Pardo, que conduziu a pesquisa e é professor adjunto de neurologia e patologia na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos.

A síndrome de Guillain-Barré se desenvolve após uma infecção como a gripe, que debilita o sistema imunológico. Ele começa a atacar as bainhas e mielina que protegem as células nervosas. Os sintomas são fraqueza muscular, dores e diminuição da sensibilidade, seguida em alguns casos de paralisia.

A síndrome atinge entre uma e duas pessoas de cada 100 mil infeções, mas os cientistas ainda não sabem por que algumas são atingidas e outras não.

*Publicado originalmente na seção Bem-Estar do site G1

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