As informações são de reportagem desta segunda-feira (3) do jornal Folha de São Paulo. Atualmente, o PT tem seis prefeituras na Grande São Paulo. Nessas eleições, contudo, a legenda venceu apenas em Franco da Rocha, e só chegou ao segundo turno em duas cidades, Santo André e Mauá. Na primeira, o petista Carlos Grana disputa a reeleição contra o tucano Paulo Serra, que ficou em primeiro lugar no primeiro turno com 35,85% dos votos.
Já em Mauá, o atual prefeito Donisete Braga (PT), votado por 22,90% dos eleitores, disputa a vaga com Atila Jacomussi (PSB), que recebeu 46,73% dos votos.
Nem mesmo o berço do Partido dos Trabalhadores e domicílio eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por um candidato petista. Em São Bernardo do Campo, o segundo turno será entre o tucano Orlando Morando, que obteve 45,07% dos votos, e Alex Manente (PPS), com 28,41%. O envolvimento de Lula, que participou de carreata em apoio a Tarcisio Secoli (PT), não foi suficiente para alavancar o desempenho do candidato, que terminou a disputa em terceiro lugar. O filho de Lula, Marcos Lula, que buscava reeleição para a Câmara de Vereadores, também foi derrotado na cidade.
O PSDB, por outro lado, venceu as eleições em Itaquaquecetuba com 63,09% dos votos, com o candidato Mamoru Nakashima, e em Mogi das Cruzes, onde o tucano Marcus Melo foi votado por 64,34% dos eleitores. Em São Caetano, José Auricchio Jr. (PSDB) ficou em primeiro lugar no primeiro turno, escolhido por 34,34%, e derrotou o atual prefeito Paulo Pinheiro, do PMDB, que teve 30,71% dos votos.
Também em contraponto ao desempenho petista, o bloco formado por PSB, PPS, DEM e PV, base do tucano João Doria na capital, conquistou 14 prefeituras no primeiro turno, nas 38 cidades da Grande São Paulo. Além de Santo André e Mauá, os candidatos do grupo vão ao segundo turno em Osasco, Guarulhos, São Caetano do Sul, Diadema, Carapicuíba e São Bernardo do Campo.
‘Postes apagados’
O fracasso do PT em São Paulo também acabou por enterrar o projeto de Lula de colocar candidatos novatos, ligados a ele, para disputar as eleições em todo o Brasil. Em 2012, empolgado com o desempenho do PT nas eleições municipais, quando conseguiu eleger Fernando Haddad em São Paulo, Lula zombou do apelido usado para se referir aos seus candidatos: postes.
“Quando lancei o Haddad, disseram que estava lançando um poste. Quando lancei a Dilma, disseram que estava lançando um poste. Digo que de poste em poste vamos iluminar o Brasil inteiro”, disse à época, durante um comício em Fortaleza.
Nos anos seguintes, Lula viu os seus “postes” se apagarem um a um. Escolhido para disputar o governo de São Paulo em 2014, o ex-ministro Alexandre Padilha acabou em terceiro lugar na eleição, o que foi o pior desempenho de um petista no estado desde 1998. A ex-presidente Dilma Rousseff acabou afastada do cargo neste ano em um processo de impeachment, por ter cometido crime de responsabilidade. Por fim, o prefeito Fernando Haddad não conseguiu se reeleger na capital paulista.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Folha de S. Paulo.