A MP estabelece novos parâmetros para a formação do jovem brasileiro, tão desesperançado e desalentado com o atual sistema educacional que não o estimula e nem o qualifica devidamente, como infelizmente mostraram os números do Ideb.
Segundo dados oficiais do Ministério da Educação, as notas nacionais do ensino médio brasileiro estão estagnadas, com o agravante que as de Matemática retrocederam aos níveis de mais de dez anos atrás.
Afora isso, o Brasil convive com uma dramática realidade do jovem brasileiro. Pelo menos 10 milhões deles se insere no chamado grupo “nem-nem”, nem estuda e nem trabalha.
Destes, pelo menos 1,7 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola.
Por ano, cerca de 700 mil alunos abandonam o ensino médio por diversas razões, mas sem dúvida a principal delas é a absoluta falta de correspondência entre a vida deles, seus desejos e as perspectivas que a escola lhe oferece – ou melhor que as torne tangíveis dentro do cotidiano deles.
É uma tragédia educacional!
É preciso dar um basta nisso e a Medida Provisória encaminhada é o primeiro e necessário passo para mudar o triste quadro atual que pune severamente boa parte dos jovens brasileiros.
Em tempos de redes sociais, de uma mudança comportamental contínua em uma velocidade jamais vista na história da humanidade, submetê-los a estudar 13 disciplinas por três anos seguidos, sem lhes dar uma oportunidade de escolha, é algo realmente anacrônico.
A proposta do governo Temer – que será amplamente discutida pela sociedade e pelas secretarias estaduais de Educação – propõe uma flexibilização curricular exatamente para atrair e estimular o jovem ao campo de conhecimento e profissional mais próximo aos seus sonhos.
A reforma é necessária, urgente, daí o instrumento legal da edição de uma Medida Provisória, e fundamental para virarmos mais esta página da educação brasileira.
A educação de qualidade é uma das principais bandeiras do PSDB-Mulher. É o que sempre defendemos no processo político brasileiro e condição sine qua non para um povo alcançar o pleno desenvolvimento cultural, político, social e econômico.
Jovens bem-educados, com formação e qualificação, são cidadãos plenos e capazes de construir um país com menos desigualdades e mais respeito à condição da mulher e suas lutas.
O primeiro passo já foi dado.
*Solange Jurema é presidente nacional do Secretariado da Mulher/PSDB