“A leve recuperação se dá por um cenário de esperança. A economia, antes de qualquer coisa, é comportamento humano. Com a saída daquele governo que representava o erro, é claro que o mínimo de confiança volte. Mas só isso não é suficiente para manter o crescimento ou reverter o quadro”, destacou.
Dois grandes itens responsáveis pelo recuo da inflação em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, foram a batata-inglesa e o feijão carioca. Após aumento de 160,25% em 12 meses, o feijão ficou 5,6% mais barato no período. Apesar da elevação mais razoável, Paulo Martins observa que o patamar ainda é alto, e que isso impacta o cotidiano das famílias brasileiras.
“É um impacto imediato, que realmente mexe com o dia-a-dia das pessoas. Em um primeiro momento, a macroeconomia dá alguns sinais. Depois, quando esses sinais maturam ou se consolidam, a crise chega até a casa das pessoas. É o que a gente vê hoje”, destacou.
Outros produtos alimentícios que também tiveram queda nos preços entre julho e agosto foram a cebola, as hortaliças, as carnes e o pescado.